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Não será um 'tuitaço' que porá em risco os rumos do País, diz Alcolumbre

Presidente do Senado relatou ter sido cobrado ao longo de 2019 para adotar uma "postura de enfrentamento com outros poderes" - Pedro Ladeira/Folhapress
Presidente do Senado relatou ter sido cobrado ao longo de 2019 para adotar uma "postura de enfrentamento com outros poderes" Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Daniel Weterman

Brasília

17/12/2019 22h07

Ao fazer um discurso de encerramento do ano legislativo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reagiu a pressões das redes sociais. Em sessão conjunta do Congresso Nacional, o amapaense relatou ter sido cobrado ao longo de 2019 para adotar uma "postura de enfrentamento com outros poderes".

"Mas não sentei nesta cadeira para ser irresponsável, senhores congressistas", discursou Alcolumbre, ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "E ainda que pese sobre meus ombros a responsabilidade de uma outra decisão impopular, não será um 'tuitaço' que porá em risco os rumos do País."

Ao longo de 2019, Alcolumbre foi pressionado para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigasse integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, o número de pedidos de impeachment contra ministros da Corte disparou no Senado e foi recorde.

Nas últimas semanas, o presidente do Senado também foi cobrado para pautar no plenário um projeto de lei que prevê a prisão após condenação em segunda instância, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele, porém, decidiu aguardar a discussão da Câmara sobre o tema.

As discussões do Congresso ao longo do ano, destacou, são complexas e "não cabem nos 140 ou 260 caracteres de um tuíte". O que o Brasil precisa, declarou, é de "foco e trabalho".