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Ceará registra 29 homicídios em 1 dia em meio à paralisação de PMs

Encapuzados, policiais cearenses amotinados fazem protesto por reajuste salarial em Fortaleza - João Dijorge/Photopress/Estadão Conteúdo
Encapuzados, policiais cearenses amotinados fazem protesto por reajuste salarial em Fortaleza Imagem: João Dijorge/Photopress/Estadão Conteúdo

Lôrrane Mendonça, especial para o Estado

Fortaleza

21/02/2020 12h52

O Ceará registrou o período mais violento do ano nas últimas 24 horas, depois do início da paralisação das forças de segurança pública do Estado. Apenas anteontem, foram assassinadas 29 pessoas, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. O número de mortes é mais de três vezes maior que a média registrada no resto do ano.

Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que, apenas em janeiro, ocorreram 261 crimes violentos letais intencionais (CVLI) - classificação que inclui crimes como homicídio doloso, latrocínio e feminicídio - o que corresponde a uma média de 8,4 assassinatos no primeiro mês do ano. O balanço oficial do mês de fevereiro, ainda não consolidado, aponta que 160 CVLIs já ocorreram entre 1º e 18 de janeiro. Caso os números não sejam revisados, a média para os primeiros 48 dias do ano é de 8,6 mortes violentas.

Desde o início da manhã de hoje, o Secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, se reúne com os demais representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros para definir como será a atuação da Força Nacional e do Exército Brasileiro nas ruas de Fortaleza e no interior.

Cerca de 300 homens da Força Nacional desembarcaram na capital cearense ontem. A princípio, eles ficarão alojados na cidade.