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Manifestação do dia 15 pode ser cancelada pelo avanço do coronavírus

"Precisamos ter responsabilidade", afirmou a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das organizadoras - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
"Precisamos ter responsabilidade", afirmou a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das organizadoras Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Camila Turtelli

Em Brasília

12/03/2020 12h45

Os organizadores da manifestação do próximo domingo, 15, pró-governo estão avaliando os riscos de se manter o evento. "Temos de acompanhar a questão da saúde em primeiro lugar. Precisamos ter responsabilidade", afirmou a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das organizadoras do protesto.

Bia Kicis se aconselhou com o ministro da Saúde na manhã de hoje e disse que vai procurar outras autoridades para avaliar os riscos de manter a manifestação no domingo. "Conversei com o ministro, e a previsão é que, na próxima semana, aumente muito o coronavírus no Brasil. Diante disso temos de tomar muito cuidado", afirmou.

"Embora muitas pessoas estejam pedindo para manter, o mais importante agora é ter responsabilidade. Queremos fazer tudo com muito cuidado", disse.

A manifestação chegou a ser convocada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também pela Secretaria de Comunicação do governo publicamente.

Em vídeo publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter, o presidente afirmou que a manifestação é "espontânea" e "pró-Brasil", e não contra o Congresso ou o Judiciário. "Participem e cobrem de todos nós o melhor para todo o Brasil", declarou em evento em Boa Vista, Roraima, antes de viajar para Miami, nos Estados Unidos.

O presidente já havia chamado, por WhatsApp, aliados para participarem do ato, conforme revelado pela colunista do jornal O Estado de S. Paulo e editora do BR Político, Vera Magalhães, o que resultou em uma semana de crise entre Legislativo e Executivo.