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'Alimentar o caos é o único plano do presidente', afirma Wilson Witzel

Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro - Fabio Teixeira/NurPhoto via Getty Images
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro Imagem: Fabio Teixeira/NurPhoto via Getty Images

Mariana Durão

Rio

03/05/2020 18h40

O governador do Rio, Wilson Witzel, criticou mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro via redes sociais ao afirmar que ele diz pregar a democracia, mas fica em silêncio diante das agressões sofridas por profissionais do jornal "O Estado de S. Paulo" em manifestação da qual participou neste domingo (3).

"Alimentar o caos é o único plano de governo do presidente", afirmou Witzel em postagem no Twitter, logo após replicar reportagem do Estadão/Broadcast que relata que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro agrediram com chutes, murros e empurrões a equipe de profissionais do jornal que acompanha uma manifestação pró-governo realizada hoje, em Brasília.

O fotógrafo Dida Sampaio registrava imagens do presidente em frente à rampa do Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, numa área restrita para a imprensa, quando foi agredido.

Mais cedo, o governador fluminense afirmou que, enquanto o ponto básico de atenção no mundo inteiro é manter o isolamento social, o presidente do Brasil segue em caminho contrário, "mandando as pessoas para o corredor da morte". Witzel questionou: "Até quando o presidente vai tratar a covid-19 como um resfriadinho?".

O governador do Rio é um dos principais atores da guerra política instaurada entre o presidente e governadores em meio à pandemia do novo coronavírus. Em artigo publicado ontem no jornal "O Globo", Witzel pediu que o mandatário pare de incendiar o Brasil e assuma sua responsabilidade em ajudar os estados no enfrentamento da pandemia do coronavírus.

"(O presidente) não consegue ter conosco (os estados) uma relação institucional. Quer jogar nas nossas costas a culpa de tudo. Não vai ser assim, presidente. Assuma sua responsabilidade. Ou sua irresponsabilidade", escreveu.

Na semana passada Bolsonaro voltou a dizer que não se responsabiliza pelas mortes pela covid-19 e que "a conta" deve ser direcionada aos governadores e prefeitos que adotaram medidas de restrição.