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Bolsonaro volta a defender isolamento vertical em videoconferência na Fiesp

Bolsonaro durante teleconferência ao lado de Paulo Guedes - Divulgação
Bolsonaro durante teleconferência ao lado de Paulo Guedes Imagem: Divulgação

Emilly Behnke

Brasília

14/05/2020 11h41

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender hoje a adoção de um isolamento vertical, restrito apenas para pessoas consideradas de grupos de risco em relação ao novo coronavírus, como idosos e portadores de comorbidades. Em videoconferência com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e outros empresários, Bolsonaro ouviu pedidos pela reabertura das atividades econômicas, impactadas pela pandemia do novo coronavírus.

"Pelo governo federal, no que depender de nós, estava tudo aberto, no isolamento vertical, e ponto final", disse. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também acompanha o encontro. Os empresários pediram ao Ministério da Economia planos específicos para auxiliar os setores mais afetados pela pandemia.

Bolsonaro reforçou que, se dependesse dele, "quase nada" teria sido fechado. O chefe do Executivo também criticou governadores e prefeitos pelas decisões de fechamento e paralisação de atividades econômicas.

"Os governadores, cada um assumiu a sua responsabilidade e houve uma concorrência entre muitos para ver quem fechava mais, quem defendia mais a vida do seu eleitor, do seu cidadão do seu Estado em relação aos outros", disse o mandatário.

O isolamento social é apontado por epidemiologistas como única forma eficaz de diminuir a taxa de contágio do novo coronavírus e, assim, evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde. A política de distanciamento social foi adotada nos países mais afetados pela pandemia, como Estados Unidos, Itália e Espanha.

Mais tarde, Bolsonaro postou uma mensagem no Twitter sobre a reunião, reafirmando o discurso. "Reunião virtual com os maiores empregadores do Brasil. O cenário é preocupante. Uma economia devastada afetará diretamente na saúde. Se verdadeiramente prezamos pela vida e bem estar, devemos evitar um desastre ainda maior que o vírus. Saúde e comida na mesa andam juntos!", escreveu.