Topo

Coligação de França se reúne para decidir quem vão apoiar no 2º turno de SP

Coligação de França se reúne para decidir quem vão apoiar no 2º turno de SP - DANILO M YOSHIOKA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Coligação de França se reúne para decidir quem vão apoiar no 2º turno de SP Imagem: DANILO M YOSHIOKA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Paula Reverbel

São Paulo

16/11/2020 16h21

Os seis partidos da coligação de Márcio França - PSB, PDT, Solidariedade, Avante, PMB e PMN - vão se reunir amanhã para discutir um possível apoio a um dos candidatos que foi ao segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. França ficou em terceiro lugar, 13,64% ds votos válidos. A ideia é ver se conseguem chegar a um consenso sobre quem apoiar ou se cada partido vai adotar uma postura diferente em relação à segunda etapa do pleito entre o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), e o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos (PSOL).

No encontro, o PDT, que tinha indicado o vice na chapa de França, Antônio Neto, vai defender a posição de que a coligação deveria fazer um anúncio sem ressalvas de apoio à candidatura de Boulos. O partido, no entanto, está aberto a ceder em alguns pontos. Já no PSB, a posição a ser tomada está menos clara e França, que tem o controle estadual da sigla, vai consultar o presidente nacional, Carlos Siqueira, e do presidente municipal, Eliseu Gabriel.

Considerando o panorama nacional, a possibilidade de o PSB apoiar Boulos em São Paulo está prejudicada com fato de que não haverá reciprocidade em Recife, onde o PSOL indicou o advogado João Arnaldo como vice na chapa da petista Marília Arraes. Eles vão ao segundo turno contra socialista João Campos.

Já em São Paulo, França - apesar de ter uma boa relação pessoal com Covas - é inimigo político de um dos maiores aliados do prefeito, o governador tucano João Doria. De acordo com fontes ouvidas pelo Estadão, a situação praticamente descarta a opção de declarar apoio ao atual prefeito. Não está descartada a opção de declarar neutralidade.

A chapa França-Neto empunhou uma forte bandeira anti-Doria, que foi uma das tônicas dos discursos, além da opção por uma campanha propositiva.