Prefeitos da Baixada Santista pedem ajuda do Estado para fiscalização nas praias
Para cumprir as determinações da Fase Emergencial do Plano São Paulo, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), presidido pelo prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB) solicitou ao governo estadual a tomada de medidas que auxiliem os municípios durante a fiscalização das praias.
Após se reunirem na última quinta-feira, 11, os prefeitos das nove cidades (Santos, Guarujá, Praia Grande, São Vicente, Bertioga, Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém e Cubatão) da região decidiram pedir ao Estado a não realização da operação descida no sistema Anchieta-Imigrantes já a partir deste final de semana.
"Mais uma vez vamos pleitear que não haja a operação descida, já que o objetivo dela é atender o maior número de veículos que descem a serra. Algumas cidades da Baixada já estão com 40% a mais de população, já que muitas pessoas têm apartamento aqui e, como estão trabalhando em home office, decidiram ficar", explicou o prefeito de Santos e presidente do Condesb, Rogério Santos.
Vale ressaltar que essa solicitação já foi realizada em outras oportunidades ao governo estadual, que não atendeu o pedido em nenhuma delas.
"Estamos pedindo mais uma vez. Já que o momento é de maior restrição, estamos tomando medidas que desestimulem as pessoas a virem à Baixada", disse o prefeito.
Os prefeitos da Baixada Santista também solicitaram ao Estado a realização de uma 'barreira orientativa' antes da descida da serra, com o intuito de orientar as pessoas sobre o fechamento das praias e as recomendações da Fase Emergencial.
"A ideia é fazer um bloqueio de orientação e não tirar o direito da pessoa de ir e vir. Apenas informar que a praia está fechada e também sobre as novas regras vigentes nos municípios", ressaltou o prefeito de Santos.
Outra solicitação do Condesb é em relação a fiscalização nas praias, já que algumas cidades encontram dificuldades em criar barreiras físicas para impedir a entrada de pessoas na faixa de areia e no mar.
Para solucionar esse problema foi solicitado ao governo um aumento no efetivo da Polícia Militar na Baixada Santista.
"Nós prefeitos da região temos dificuldades de fiscalizar, pois além do comércio e dos parques temos as praias. Algumas cidades não conseguem criar barreiras físicas por conta da alta quilometragem de praias, por isso é importante um apoio da polícia nesse sentido", explicou o prefeito.
Para coibir a chegada de turistas e veranistas, a cidade de Santos resolveu antecipar para sábado, 13, o fechamento das praias. O objetivo é desestimular as pessoas a procurarem o município neste último final de semana antes da Fase Emergencial que começa na segunda-feira, 15.
"A Guarda Municipal aborda. Não temos o intuito de multar, mas tem pessoas que minutos depois voltam a descumprir as normas. Se for necessário, cabe a guarda chamar a Polícia Militar", finalizou o prefeito.
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