Em revés para Doria, comissão do PSDB opta por eleição indireta em prévias
Em um revés para o governador de São Paulo, João Doria, a comissão designada pelo PSDB para definir o calendário e o modelo das prévias que escolherão o candidato do partido à Presidência em 2022 mudou a data da disputa - do dia 17 de outubro para 21 de novembro - e optou por um modelo de eleição indireta.
Os aliados de Doria já apresentaram formalmente uma divergência e defenderam o voto direto universal. Isso porque a avaliação de integrantes da cúpula do PSDB é que, hoje, o governador paulista está em desvantagem na executiva e nas bancadas do partido na Câmara e no Senado. Com 301 mil filiados, o PSDB de São Paulo é o maior e mais organizado do Brasil. Na próxima semana, a executiva baterá o martelo se referenda ou não a indicação da comissão.
Até o momento, quatro nomes se apresentaram como presidenciáveis. Além de Doria, estão cotados o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
Segundo a resolução da comissão enviada à executiva tucana, serão feitas "consultas primárias" a partir de quatro grupos distintos, todos com peso unitário de 25% do total de votos (observada a proporcionalidade).
Os quatro segmentos são: Grupo I: filiados; Grupo II: prefeitos e vice-prefeitos; Grupo III: vereadores, deputados estaduais e distritais; Grupo IV: governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual da Comissão Executiva Nacional do PSDB, senadores e deputados federais.
Além de José Aníbal, também fazem parte da comissão das prévias a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro; o líder do partido no Senado, Izalci Lucas; os deputados federais Lucas Redecker (RS) e Pedro Vilela (AL); o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi; e o ex-deputado Marcus Pestana.
Levantamento do Estadão nos 27 diretórios estaduais do PSDB mostra que só três deles - SP, RJ e GO - defendem realizar prévias para decidir o candidato do partido ao Palácio do Planalto ainda neste ano. A data escolhida foi fruto de um acordo entre os grupos.
Só existe um precedente de prévias presidenciais na história política brasileira: em 2002, o então pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva venceu o senador Eduardo Suplicy no PT, com 84,4% dos votos válidos ante 15,6% do adversário.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.