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Bolsonaro é recebido com gritos de 'mito' em jantar em Dubai

Os industriais de Minas ofereceram um jantar com ares de apoio político ao presidente, e a ovação se estendeu também a ministros e ao governador de Minas Gerais - Reprodução/Youtube/Foco do Brasil
Os industriais de Minas ofereceram um jantar com ares de apoio político ao presidente, e a ovação se estendeu também a ministros e ao governador de Minas Gerais Imagem: Reprodução/Youtube/Foco do Brasil

Felipe Frazão, enviado especial a Dubai

14/11/2021 17h27

O presidente Jair Bolsonaro foi recebido aos gritos de "mito" e teve seu nome entoado por empresários da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) na noite deste domingo em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (pelo horário local). Os industriais de Minas ofereceram um jantar com ares de apoio político ao presidente, e a ovação se estendeu também a ministros e ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

O jantar ocorreu fora da agenda presidencial. Bolsonaro levou ministros como Tarcísio Freitas (Infraestrutura), que o presidente tenta lançar como candidato ao governo de São Paulo, Tereza Cristina (Agricultura). Ambos foram igualmente aplaudidos.

Os industriais de Minas fecharam uma unidade da churrascaria Fogo de Chão em Dubai para receber Bolsonaro e sua comitiva. O restaurante fica numa zona central nobre de Dubai, com vista para o icônico edifício Burj Khalifa. O arranha-céu com 828 metros é o mais alto do mundo e esteve no roteiro da comitiva do presidente mais cedo, em outra escapada da agenda oficial.

Na porta da churrascaria, o governador Zema e o presidente da entidade, Flávio Roscoe, aguardavam Bolsonaro e ministros. Roscoe disse que a entidade estava oferecendo o jantar ao presidente. Logo a gerência retirou jornalistas do local. O presidente da FIEMG também foi celebrado por seus afiliados pela noite com Bolsonaro.

Questionado pelo Estadão na saída do jantar se teria o voto dos industriais na campanha de 2022, Bolsonaro disse que não estava em busca de apoio para a reeleição: "não vim atrás de apoio político, vim atrás de apoio para o Brasil".

O presidente disse que o adiamento de sua filiação ao Partido Liberal (PL) foi combinado com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.

Compuseram a mesa na churrascaria típica brasileira os ministros Braga Netto (Defesa), Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Itamaraty), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Gilson Machado (Turismo). Também compareceram alguns deputados, entre eles Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho 01 do presidente, e Hélio Lopes (PSL-RJ).

Eles comeram ao som de "Água de Março", em meio a taças de vinho tinto e cortes nobres de carne bovina no espeto oferecida à mesa, no estilo do rodízio brasileiro.