Topo

Esse conteúdo é antigo

Vaga no TCU tem salário de R$ 37 mil, férias de 60 dias e apartamento funcional

Sede do TCU (Tribunal de Contas da União), em Brasília - Saulo Cruz/TCU
Sede do TCU (Tribunal de Contas da União), em Brasília Imagem: Saulo Cruz/TCU

Lauriberto Pompeu

Brasília

14/12/2021 11h06Atualizada em 14/12/2021 11h57

Disputada por três influentes senadores nesta terça-feira, 14, a vaga de um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) conta com uma série de atrativos e privilégios. O posto, que é disputado pelos senadores Antonio Anastasia (PSD-MG), Kátia Abreu (Progressistas-TO) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), garante um salário bruto de R$ 37.328,65.

Outras vantagens do cargo são o direito a 60 dias de férias por ano (enquanto trabalhadores com carteira assinada têm só mês de férias) e a possibilidade de usar um apartamento funcional em Brasília. Fora isso, a remuneração bruta pode aumentar com o acréscimo de auxílios relacionados à saúde e alimentação. Assim como outros ministros de tribunais superiores, os representantes do TCU não têm mandato e ficam na função até completarem 75 anos. No caso de Anastasia, isso significa que ele ficaria 15 anos como ministro. Já Kátia Abreu teria direito a ficar 16 anos no tribunal e Bezerra ficaria 11 anos.

A nova pessoa a ocupar a cadeira do TCU também vai exercer influência em decisões importantes envolvendo o Congresso e o governo federal. O tribunal foi responsável, por exemplo, pelo parecer das pedaladas fiscais que sustentaram o pedido de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Na prática, a Corte de Contas é uma espécie de assessoria contábil do Congresso e responsável por analisar as despesas do governo todo ano. Outra função importante do TCU é fazer uma análise prévia de leilões (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, petróleo,5G etc) feitos pelo Executivo.

Raimundo Carreiro, que deixou a vaga que será ocupada por um dos três senadores, era o relator de processos relevantes e ainda pendentes de conclusão, como o que diz respeito aos gastos com cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro e às despesas do presidente com as motociatas.