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Duas doses da CoronaVac induzem proteção inadequada contra ômicron, indica estudo

A CoronaVac é um dos imunizantes contra o coronavírus mais utilizados no mundo - FERNANDO SILVA /ESTADÃO CONTEÚDO
A CoronaVac é um dos imunizantes contra o coronavírus mais utilizados no mundo Imagem: FERNANDO SILVA /ESTADÃO CONTEÚDO

André Marinho

Do Estadão Conteúdo

15/12/2021 07h16Atualizada em 15/12/2021 08h33

Duas doses da CoronaVac induziram níveis "inadequados" de proteção contra a variante ômicron do coronavírus, indicaram resultados preliminares de um estudo conduzido pela Universidade de Hong Kong, na China. Os pesquisadores recomendaram que o público receba uma terceira dose da vacina produzida pela chinesa Sinovac, enquanto novos ensaios são realizados para verificar a eficácia do profilático.

Os testes avaliaram a produção de anticorpos em 25 indivíduos que receberam o imunizante e concluíram que nenhum deles obteve proteção suficiente para neutralizar a ômicron.

Entre outras 25 pessoas que tomaram a vacina fabricada por Pfizer e BioNTech, apenas cinco desenvolveram atividade neutralizante capaz de conter a cepa, ainda de acordo com o estudo. Nesse caso, a eficácia do produto das duas farmacêuticas ocidentais ficou entre 20% e 24%, disseram os especialistas.

"A variante Ômicron do vírus foi capaz de reduzir a eficácia de duas doses da vacina contra a covid-19, particularmente a Coronavac. Portanto, os que receberam a vacina ou mesmo os pacientes recuperados da covid podem estar em maior risco de contrair a doença ou reinfecção", destacou o comunicado.

A pesquisa foi conduzida por pesquisadores do Departamento de Microbiologia da Universidade de Hong Kong (HKU, na sigla em inglês) e teve publicação aceita na revista médica Clinical Infectious Diseases. O trabalho recebeu financiamento do governo de Hong Kong.

A CoronaVac é um dos imunizantes contra o coronavírus mais utilizados no mundo, particularmente em países emergentes. No Brasil, o produto é fabricado em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.