Topo

Esse conteúdo é antigo

Polícia do Rio investiga se outras pessoas participaram do assassinato de Moïse

Marcio Dolzan

Rio

10/02/2022 10h23Atualizada em 14/02/2022 13h07

Além dos três homens presos temporariamente acusados de participação no assassinato do congolês Moïse Kabagambe, a Polícia Civil do Rio investiga se outras pessoas que estavam no quiosque Tropicália tiveram participação no crime e se houve ou não omissão de socorro. Imagens das câmeras de segurança do quiosque mostram que outras pessoas estavam no local. Algumas delas já foram ouvidas pelos investigadores, e outras ainda estão sendo identificadas.

O UOL teve acesso a um vídeo que mostra Moïse sozinho e desacordado por 21 minutos após a sessão de agressões ao lado do quiosque. As imagens também revelam que o Samu tentou reanimar o congolês por 25 minutos e que há outros homens envolvidos no episódio que não tiveram a identidade divulgada pela Polícia Civil.

Além dos presos, pelo menos outras três pessoas observaram as agressões, exibe o vídeo. Um deles é um homem que trabalhava no quiosque; outro, um jovem de camisa amarela que estava sentado em um banco próximo e puxa as pernas de Moïse no início das agressões. Ainda não está claro se sua intenção foi tentar tirar o congolês das agressões ou não.

Também chamou a atenção dos investigadores um terceiro homem. Inicialmente, ele aparece observando as agressões, com as mãos cruzadas nas costas. Ele também recebe, de um dos suspeitos que seriam presos depois, o bastão usado nas agressões. O homem some e reaparece cerca de 20 minutos mais tarde. Chega a fazer massagem cardíaca no refugiado, caído e imóvel.

Moïse Kabagambe foi agredido durante seis minutos. Nesse período, levou 40 pauladas. Pelas imagens, é possível observar que dois policiais militares chegaram ao quiosque à meia-noite, quando o congolês já estava sem vida. A Polícia Civil, por sua vez, chegou ao local à 1h15min da madrugada.

*Com informações do UOL.