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Ao lado de Alckmin, advogado crítico da Lava Jato se filia ao PSB

Advogado Augusto de Arruda Botelho deve se filiar ao PSB na próxima quarta-feira (23) no mesmo evento que marcará a entrada de Geraldo Alckmin no partido - Reprodução/Instagram
Advogado Augusto de Arruda Botelho deve se filiar ao PSB na próxima quarta-feira (23) no mesmo evento que marcará a entrada de Geraldo Alckmin no partido Imagem: Reprodução/Instagram

Davi Medeiros

São Paulo

21/03/2022 12h33Atualizada em 21/03/2022 13h11

O advogado Augusto de Arruda Botelho deve se filiar ao PSB na próxima quarta-feira, 23, no mesmo evento que marcará a entrada de Geraldo Alckmin no partido. Ao Estadão, ele afirmou que ainda não há definição sobre o cargo ao qual deve ser lançado nas eleições de outubro. Essa decisão, segundo ele, deve ser tomada "em breve", após conversa com a legenda. Estão em jogo sobretudo a disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Membro do Grupo Prerrogativas e crítico da Lava Jato, Botelho integra a lista de nomes que trazem o espectro da operação para as eleições deste ano. O pleito terá desde alvos da força-tarefa, como Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a ser condenado no âmbito da operação e, posteriormente, teve sua sentença anulada pelo STF, até o ex-coordenador da equipe no Paraná, Deltan Dallagnol, e o ex-juiz Sérgio Moro, ambos no Podemos.

Botelho afirmou que seu posicionamento não deve ser limitado ao antilavajatismo e que, caso seja eleito para um cargo no Legislativo, não pautará sua atuação nesse rótulo. "Não é uma questão de ser contra a Lava Jato, mas contra abusos cometidos pelo Ministério Público e pelo Judiciário, seja na Lava Jato ou em outras ações. O combate à corrupção é uma das pautas mais importantes na política, ele precisa ser aperfeiçoado e continuar sendo feito", declarou.

O advogado disse ainda que, embora tenha ressalvas, considera não haver o que contestar sobre o ingresso de Moro e Dallagnol na política. Ele defende uma quarentena para que membros do Judiciário concorram a cargos políticos. "Mas, de acordo com texto legal atual, eles podem concorrer. Não há o que contestar", afirmou.

Como mostrou o Estadão, alvos da operação voltarão às urnas este ano após decisões do Supremo que anularam condenações. Entre eles, o ex-governador Beto Richa (PSDB-PR), o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) e o ex-senador Gim Argello (sem partido), além de Lula.