Preterida por Lula, Marília Arraes irá a ato em que Solidariedade oficializa apoio ao petista
O Solidariedade confirmou que fará um ato no dia 3 de maio, em São Paulo, para apoiar de forma oficial a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. A deputada Marília Arraes, que recentemente trocou o PT pelo Solidariedade e é pré-candidata ao governo de Pernambuco, vai participar da cerimônia, apesar de ter sido preterida por Lula na disputa estadual.
Após ser vaiado em um encontro com militantes e sindicalistas, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, chegou a ensaiar um afastamento de Lula, mas o descontentamento foi resolvido em uma conversa com o petista e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
"O Solidariedade vai construir uma frente ampla com diversas lideranças e partidos que querem se unir a favor de melhorias para o Brasil. Mas para isso precisamos nos unir para apoiar o Lula nas próximas eleições presidenciais. Consolidar essa aliança é muito importante para trabalhadores, aposentados e para quem está em situação de extrema pobreza", disse Paulinho.
O ato contará com a presença de Lula, Gleisi, do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que será candidato a vice na chapa petista, e de Marília. A parlamentar saiu do PT após o partido indicar que iria rifar a candidatura dela em Pernambuco.
Nesta sexta-feira, 29, o ex-presidente disse que seu candidato ao Palácio do Campo das Princesas é o deputado Danilo Cabral (PSB). "Eu, sinceramente, vou trabalhar para que o Danilo seja eleito no Estado de Pernambuco, é esse meu compromisso com o PSB, e o compromisso do PSB é me ajudar a me eleger presidente da República", disse Lula, em entrevista à rádio Jornal de Pernambuco.
Nas redes sociais, a deputada alfinetou o adversário. "Não sou eu que tem que ficar tentando correr atrás da imagem de Lula, é o PSB, que a menos de um ano fazia uma das mais baixas e violentas campanhas contra mim, contra o PT e contra o próprio Lula. Eu sempre estive do lado de Lula", publicou Marília, numa referência à disputa pela prefeitura dO Recife, em 2020, quando foi derrotada por João Campos (PSB), seu primo.
Antes de selar de vez sua aliança com o PT, Paulinho chegou a cancelar o ato de 3 de maio após ser vaiado em encontro de Lula com as principais centrais sindicais do País, em 14 de abril. Ele foi procurado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, para que apoiasse Jair Bolsonaro, mas descartou endossar a reeleição do presidente.
Paulinho também se reuniu, em 18 de abril, com o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), num encontro organizado pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que articulava lançar o gaúcho à Presidência. Na semana passada, contudo, Leite declarou apoio à pré-candidatura do ex-governador João Doria.
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