Cemitérios de SP são privatizados e agora oferecem de limusine a holograma
Atendimento via WhatsApp, cortejo com limusine, aplicativo próprio, hologramas em velórios. Os 22 cemitérios municipais da cidade de São Paulo, além de um crematório público, devem ter novidades a partir desta terça-feira, data que marca o início da gestão por quatro consórcios.
Dos particulares, a expectativa é de renovar os serviços e investir em tecnologia. "A gente quer, logo de cara, trazer uma melhoria no atendimento", disse Juraci Pimentel, diretor presidente da Velar SP, que administra Freguesia do Ó, Itaquera, Penha, São Luiz e São Pedro, além do crematório de Vila Alpina. Uma inovação, segundo ele, estará na oferta de novos carros. "Tem algumas famílias que, ao procurar o serviço, preferem fazer o cortejo em um veículo mais específico, de luxo. Então a gente tem Mercedes, e vai ter limusine no nosso portfólio."
Hoje, será ativado um aplicativo para que clientes acompanhem o status dos serviços. Além disso, Juraci afirma que estão previstas melhorias de banheiro, fraldário e vestiário, revitalização dos cemitérios, Wi-Fi gratuito para todos os clientes, além de segurança 24 horas nos locais.
Obras
As obras estruturais devem ficar para um segundo momento, e dependem de aprovação da Prefeitura. Essas intervenções devem ser finalizadas em até quatro anos após o início da concessão. Além das reformas, três crematórios devem ser criados: um primeiro, em local a ser definido pelos administradores do bloco 3, outro em Vila Formosa, na zona leste (bloco 1), e um terceiro, que deve ser construído pelo bloco 2 ao lado do cemitério Dom Bosco, na zona norte.
Ao menos dois dos três consórcios pretendem adiantar a construção. "A previsão para o início da construção será em meados de 2024, com duração de dez meses", afirmou Maurício Costa, diretor presidente da Consolare (Consórcio Atena), que administra os cemitérios do bloco 1: Quarta Parada, Santana, Tremembé, Vila Formosa I e II e Vila Mariana. além do Cemitério da Consolação, o mais antigo da cidade.
Diretor de Operações do Grupo Cortel, Rodrigo Macedo, está à frente do grupo que administra os cemitérios do bloco 2: Araçá, Dom Bosco, Santo Amaro, São Paulo e Vila Nova Cachoeirinha. Há 60 anos no ramo, a empresa quer também ampliar o leque de opções de serviços de velório e sepultamento, com uso até de hologramas. "É ter salas de velório que deem um pouco mais de valor àquele momento." E outro foco será o atendimento flexível, via WhatsApp.
Prefeitura promete acompanhar queixas de perto
Além dos três blocos citados, há ainda o 3, do Consórcio Cemitérios e Crematórios SP (Grupo Maya), que inclui os Cemitérios Campo Grande, Lageado, Lapa, Parelheiros e Saudade. Procurado, o grupo não se pronunciou.
Além da gestão dos cemitérios, as concessionárias podem trabalhar com serviços funerários em toda a cidade. "Uma vez que a gente tem o teto de cobrança pela tabela (da licitação), a gente quer fazer com que a concorrência possa gerar bom serviço, bom atendimento", disse o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
As agências de atendimento vão mais do que dobrar a partir desta terça: passam de 10 para 23. A Prefeitura prevê acompanhar de perto o processo, até para evitar golpes durante as mudanças na oferta dos serviços. "Nós iremos atuar fortemente com qualquer tipo de reclamação", disse o prefeito. A Ouvidoria será central na fiscalização.
Gratuidades
O valor do funeral social ficará fixado em R$ 566,04, com redução de 25% em relação a antes. As gratuidades estão mantidas para grupos específicos, como aqueles que recebem menos de meio salário mínimo. A gestão projeta R$ 2,1 bilhões em benefícios para o Município até o fim da concessão, de 25 anos.
Os contatos diretos das concessionárias são: Consolare (0800-0800-190) Cortel (5026-2750); Maya (0800-042-9020); e Velar (3037-2000).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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