Bélgica pode ter capturado 3º suspeito de ataque em Bruxelas
BRUXELAS, 26 MAR (ANSA) - As autoridades da Bélgica teriam identificado o terceiro suspeito pelos atentados de Bruxelas da última terça-feira (22). De acordo com a imprensa local, um homem chamado Faysal Cheffou estaria preso e poderia ser o terrorista que aparece de jaqueta clara e chapeu preto no aeroporto de Zaventem. Cheffou seria jornalista freelancer e teria sido encontrado pela polícia belga na noite de ontem (25), após uma série de operações em três bairros de Bruxelas. O suspeito foi identificado graças ao relato de um taxista que transportou os terroristas para aeroporto de Zaventem, onde o trio detonou duas bombas e matou mais de 10 pessoas. No dia 21 de julho de 2014, Cheffou publicou no YouTube um vídeo denunciando o tratamento dado a imigrantes muçulmanos em situação irregular que estavam em um centro de acolhimento na Bélgica.
Neste vídeo, gravado em 15 de julho de 2014 em Steenokkerzeel, aparecem imigrantes gritando e protestando por falta de comida.
O jornalista chegou a dizer que o local "violava os direitos humanos" e não respeitava a dieta e os horários dos muçulmanos no período do Ramadã. Ele também já foi sancionado várias vezes pelas autoridades da Bélgica por fazer propaganda radical islâmica entre os solicitantes de asilo e imigrantes irregulares no parque Maximilien. A polícia belga ainda não confirmou que Cheffou seja de fato o homem que estava de chapeu preto no aeroporto, mas o jornal "Le Soir" publicou que os agentes de segurança indicam as semelhanças como "prováveis". Faysal Cheffou teria agido com Najim Laachraoui e Ibrahim Bakraoui, que se suicidaram no atentado à bomba do aeroporto.
Já o homem que foi preso ontem no bairro de Schaerbeek, durante uma das operações antiterrorismo em Bruxelas, foi identificado como Abderahman Amerou e é apontado como um dos organizadores do atentado frustado em Argenteuil, na França. De origem argelina, Amerou foi condenado em 2005 a sete anos de prisão por cumplicidade no assassinato em 2001 do comandante afegão Ahmad Massoud, que lutava contra o Talibã. A Promotoria da Bélgica também confirmou a prisão de Aboubakar A. e de Rabah N. nas operações realizadas nos últimos dias.
Ambos são acusados de participar de atividades terroristas. Aeroporto - O aeroporto de Zaventem, que junto com a estação de metrô de Maelbeek foi alvo de terroristas no dia 22, permanecerá fechado até a próxima terça-feira (29).
A empresa que administra o local informou que está trabalhando para colocar o aeroporto em funcionamento ao menos parcialmente e com novas medidas de segurança impostas pelo governo. Passeata - As autoridades belgas recomendaram também a suspensão de uma passeata que estava programada para este domingo (27) por medidas de segurança. Em uma postagem no Facebook, os organizadores da "Marcha contra o Medo" resolveram cancelar o evento, o qual ocorreria em Bruxelas e outras zonas do país, com participação de mais de duas mil pessoas. Tensão - O assassinato de um segurança da central nuclear de Charleroi, a cerca de 50 quilômetros de Bruxelas, reacendeu o temor no país sobre a possibilidade de atentados terroristas envolvendo materiais nucleares. Mas a Promotoria negou que o caso tenha relação com os atentados da última terça-feira, assumidos pelo grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis). A polícia disse que a vítima foi morta em sua casa, com um disparo de arma de fogo, e desmentiu a versão de que um cartão de acesso à central tinha sido roubado. Apoio - Mais uma vez, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, demonstrou apoio à Bélgica e pediu uma "reação duríssima para destruir as células terroristas". "Além disso, é preciso um gigantesco investimento educacional e cultural, porque a educação é o principal fator para a segurança de um povo", comentou. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Neste vídeo, gravado em 15 de julho de 2014 em Steenokkerzeel, aparecem imigrantes gritando e protestando por falta de comida.
O jornalista chegou a dizer que o local "violava os direitos humanos" e não respeitava a dieta e os horários dos muçulmanos no período do Ramadã. Ele também já foi sancionado várias vezes pelas autoridades da Bélgica por fazer propaganda radical islâmica entre os solicitantes de asilo e imigrantes irregulares no parque Maximilien. A polícia belga ainda não confirmou que Cheffou seja de fato o homem que estava de chapeu preto no aeroporto, mas o jornal "Le Soir" publicou que os agentes de segurança indicam as semelhanças como "prováveis". Faysal Cheffou teria agido com Najim Laachraoui e Ibrahim Bakraoui, que se suicidaram no atentado à bomba do aeroporto.
Já o homem que foi preso ontem no bairro de Schaerbeek, durante uma das operações antiterrorismo em Bruxelas, foi identificado como Abderahman Amerou e é apontado como um dos organizadores do atentado frustado em Argenteuil, na França. De origem argelina, Amerou foi condenado em 2005 a sete anos de prisão por cumplicidade no assassinato em 2001 do comandante afegão Ahmad Massoud, que lutava contra o Talibã. A Promotoria da Bélgica também confirmou a prisão de Aboubakar A. e de Rabah N. nas operações realizadas nos últimos dias.
Ambos são acusados de participar de atividades terroristas. Aeroporto - O aeroporto de Zaventem, que junto com a estação de metrô de Maelbeek foi alvo de terroristas no dia 22, permanecerá fechado até a próxima terça-feira (29).
A empresa que administra o local informou que está trabalhando para colocar o aeroporto em funcionamento ao menos parcialmente e com novas medidas de segurança impostas pelo governo. Passeata - As autoridades belgas recomendaram também a suspensão de uma passeata que estava programada para este domingo (27) por medidas de segurança. Em uma postagem no Facebook, os organizadores da "Marcha contra o Medo" resolveram cancelar o evento, o qual ocorreria em Bruxelas e outras zonas do país, com participação de mais de duas mil pessoas. Tensão - O assassinato de um segurança da central nuclear de Charleroi, a cerca de 50 quilômetros de Bruxelas, reacendeu o temor no país sobre a possibilidade de atentados terroristas envolvendo materiais nucleares. Mas a Promotoria negou que o caso tenha relação com os atentados da última terça-feira, assumidos pelo grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis). A polícia disse que a vítima foi morta em sua casa, com um disparo de arma de fogo, e desmentiu a versão de que um cartão de acesso à central tinha sido roubado. Apoio - Mais uma vez, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, demonstrou apoio à Bélgica e pediu uma "reação duríssima para destruir as células terroristas". "Além disso, é preciso um gigantesco investimento educacional e cultural, porque a educação é o principal fator para a segurança de um povo", comentou. (ANSA)
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