Mercosul convoca reunião para debater situação da Venezuela
ASSUNÇÃO, 5 JUL (ANSA) - Os ministros das Relações Exteriores de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai irão se reunir na próxima segunda-feira, dia 11, para discutir a situação da Venezuela, poucos dias antes de o país assumir a Presidência temporária do Mercosul.
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse que o encontro foi convocado pelo homólogo uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, atualmente na liderança do organismo, e que também devem participar o brasileiro José Serra e a argentina Susana Malcorra.
"Temos que considerar seriamente o que é a Presidência temporária. A situação neste momento na Venezuela está complicada. Precisamos a frente do Mercosul um país que tenha tranquilidade interna e paz", apontou.
Entre os membros do Mercosul, o Paraguai é o maior crítico de Caracas. Loizaga inclusive, tenta debater a aplicação do Protocolo de Ushuaia, que prevê a suspensão de um país do bloco caso exista ruptura diplomática. O próprio Paraguai foi suspenso após o afastamento do então presidente Fernando Lugo em 2012. Com a ausência do país, os demais países do bloco aprovaram a entrada de Caracas, travada pelo Senado paraguaio na época. O brasileiro José Serra, por sua vez, fez críticas ao governo de Nicolás Maduro recentemente, dizendo que não existe democracia no país, referindo-se aos opositores detidos, considerados "presos políticos".
Brasília, assim como o governo de Buenos Aires, ainda acusa Caracas de dificultar a organização de um referendo por parte da oposição que pode tirar Maduro do Poder.
Diante do tenso clima político na região, a Cúpula de Presidentes Mercosul, que estava marcada para julho, foi cancelada recentemente.
Existem boatos de que os demais membros do Mercosul temem que, uma vez na liderança do bloco, as autoridades de Caracas possam desacelerar o tão esperado acordo de livre comércio com a União Europeia (UE), cujas negociações tomaram novo fôlego. Maduro - A situação de Maduro encontra-se complicada até mesmo internamente. Uma pesquisa divulgada no começo desta semana mostra que cerca de 94% da população desaprova seu governo.
Segundo sondagem realizada pela consultoria "Datanálisis", quase 100% dos venezuelanos considera a situação do país "ruim ou muito ruim". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse que o encontro foi convocado pelo homólogo uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, atualmente na liderança do organismo, e que também devem participar o brasileiro José Serra e a argentina Susana Malcorra.
"Temos que considerar seriamente o que é a Presidência temporária. A situação neste momento na Venezuela está complicada. Precisamos a frente do Mercosul um país que tenha tranquilidade interna e paz", apontou.
Entre os membros do Mercosul, o Paraguai é o maior crítico de Caracas. Loizaga inclusive, tenta debater a aplicação do Protocolo de Ushuaia, que prevê a suspensão de um país do bloco caso exista ruptura diplomática. O próprio Paraguai foi suspenso após o afastamento do então presidente Fernando Lugo em 2012. Com a ausência do país, os demais países do bloco aprovaram a entrada de Caracas, travada pelo Senado paraguaio na época. O brasileiro José Serra, por sua vez, fez críticas ao governo de Nicolás Maduro recentemente, dizendo que não existe democracia no país, referindo-se aos opositores detidos, considerados "presos políticos".
Brasília, assim como o governo de Buenos Aires, ainda acusa Caracas de dificultar a organização de um referendo por parte da oposição que pode tirar Maduro do Poder.
Diante do tenso clima político na região, a Cúpula de Presidentes Mercosul, que estava marcada para julho, foi cancelada recentemente.
Existem boatos de que os demais membros do Mercosul temem que, uma vez na liderança do bloco, as autoridades de Caracas possam desacelerar o tão esperado acordo de livre comércio com a União Europeia (UE), cujas negociações tomaram novo fôlego. Maduro - A situação de Maduro encontra-se complicada até mesmo internamente. Uma pesquisa divulgada no começo desta semana mostra que cerca de 94% da população desaprova seu governo.
Segundo sondagem realizada pela consultoria "Datanálisis", quase 100% dos venezuelanos considera a situação do país "ruim ou muito ruim". (ANSA)
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