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Avós e netos têm férias interrompidas por sismo na Itália

26/08/2016 10h08

ROMA, 26 AGO (ANSA) - Cidades montanhosas, com ar fresco e alimentação saudável. E, sobretudo, com a moradia dos avós queridos. Juntando-se a isso, as férias de Verão antes de voltar à rotina escolar.   

Foram esses os lugares que muitas crianças e jovens italianos optaram por ficar, aproveiando para estreitar os laços familiares. Porém, o drama do terremoto que atingiu a região central na última quarta-feira (24) marcou para sempre a vida de inúmeras famílias italianas.   

Em Pescara del Tronto, uma dessas histórias. Leone, 6 anos, e Samuele, 4, passavam as férias na casa dos avós paternos. Na noite da tragédia, a "nonna" Vitaliana sentiu o medo dos netos e deitou-se sobre eles, debaixo da cama, para protegê-los. Com a vó de "escudo", todos foram retirados com vida dos escombros.   

Porém, o "nonno" Vito não teve a mesma sorte e foi uma das vítimas fatais do terremoto - mesmo com as horas de buscas dos bombeiros.   

Já Massimo Piermarini não consegue encontrar paz desde a noite de quarta-feira. Ele foi o primeiro a chegar em sua residência em Arquata e cavou com as próprias mãos os escombros. Com a ajuda de profissionais, sua esposa e sua filha foram retiradas com vida do local. Porém, a pequena neta de 18 meses não teve a mesma sorte.   

"Não queriam que eu fizesse isso porque estava tudo ameaçando cair, mas eu disse que nada me importava, que deveria procurar por elas. Infelizmente, com a criança nada foi possível fazer", contou desesperado.   

Andrea B., 14 anos, foi retirado dos escombros em Pescara del Tronto e foi levado ao hospital de Ancona com fraturas e lesões no crânio, vértebras e em uma das pernas. Ele estava hospedado na casa dos avós, que morreram no desastre. No momento do sismo, no entanto, ele não estava na mesma residência, mas sim com alguns amigos. No primeiro tremor, alguns conseguiram fugir de casa, mas ele e outros dois amigos ficaram presos nos restos do prédio onde estavam.   

Já Elisa Cafini, 14 anos, não teve a mesma sorte. Vinda de Pomezia, ela, o primo Gabriele Patresi, 8 anos, e a avó Irma Cafini, 81 anos, estavam passando férias na cidade e não sobreviveram ao terremoto.   

Apesar de ser "mais velho", outro caso também ficou famoso na Itália. Marco, 28, filho do superintendente de Frosinone, Filippo Santarelli, estava em Amatrice para passar as férias com seus avós. Ao se reunir com alguns amigos, no entanto, não sobreviveu após o impacto. (ANSA)
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