Governo de Bachelet sofre derrota em eleições municipais
SANTIAGO, 24 OUT (ANSA) - As eleições municipais no Chile, ocorridas neste domingo (23), impuseram uma derrota nas urnas para os partidos que fazem parte do governo da presidente Michelle Bachelet. A coalizão de centro-esquerda "Nova Maioria" ficou com 37,07% dos votos contra 38,53% do grupo de direita "Chile Vamos", com cerca de 96% das urnas apuradas.
O resultado final deve ser anunciado ainda nesta segunda-feira (24), mas Bachelet já reconheceu a derrota e disse que o governo precisa "ouvir" o recado dado pelas urnas.
"Os chilenos nos deram uma mensagem dupla. A Nova Maioria, a coalizão do governo, perdeu seu nível de apoio em vários lugares e devemos escutar essa chamada de atenção porque tem fundamento.
Às vezes, nós mostramos mais divisão que unidade em temas que importam de verdade para os cidadãos e os chilenos querem uma política melhor e mais justa", disse a mandatária.
Visivelmente surpresa com a forte queda de sua base, Bachelet também ressaltou a forte abstenção registrada nas urnas e destacou que esse é um "poderoso alerta" para toda a classe política.
"É um mal-estar que cresce e que mostra que a fortaleza da nossa democracia está afetada", disse a presidente ressaltando que isso "não é apenas uma simples expressão de desinteresse, mas um aborrecimento direto". Bachelet ainda questionou se todos, governo e oposição, "estão oferecendo as reais demandas cidadãs do país", que envolvem a "probidade, a eficiência e a proximidade".
Cerca de 14,1 milhões de chilenos estavam aptos ao voto, mas o número total de pessoas que se dirigiram aos centros de votação não chegou aos cinco milhões. O índice de abstenção é o mais baixo desde a volta da democracia ao Chile, em 1990.
- Maiores derrotas: A coalizão de direita recuperou cidades emblemáticas para o governo de Bachelet. Apesar de não ser a maior cidade do país, a capital Santiago voltou para as mãos da oposição com a derrota de Carolina Tohá para Felipe Alessandri. Tohá era uma aposta de renovação política da esquerda chilena.
O município de Providência também saiu das mãos da base de Bachelent, onde a ex-ministra e ex-senadora Evelyn Matthei teve uma grande vitória contra a socióloga e atual prefeita Josefina Errázuriz. Já em Maipú, a vencedora foi a ex-dançarina de um programa de televisão e esposa do deputado Joaquín Lavín, Catherine Barriga, que derrotou o atual prefeito Cristián Vittori, investigado por corrupção, e o social-democrata Freddy Campusano.
Ao sul da região metropolitana, em Pedro Aguirre Cerda, a atual prefeita Claudina Núñez perdeu para o médico independente Juan Rozas - que também derrotou a coalizão de direita. Outra surpresa ocorreu em Valparaíso, considerado uma base da esquerda chilena, onde o ex-líder estudantil Gabriel Boric derrotou o representante do governo, Leopoldo Méndez, e o atual prefeito da direita, Jorge Castro.
Em números totais, com os votos computados até agora, a coalizão de esquerda ficou com 143 prefeituras - contra 167 de 2012 - e a direita subiu de 121 para 142 cidades. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O resultado final deve ser anunciado ainda nesta segunda-feira (24), mas Bachelet já reconheceu a derrota e disse que o governo precisa "ouvir" o recado dado pelas urnas.
"Os chilenos nos deram uma mensagem dupla. A Nova Maioria, a coalizão do governo, perdeu seu nível de apoio em vários lugares e devemos escutar essa chamada de atenção porque tem fundamento.
Às vezes, nós mostramos mais divisão que unidade em temas que importam de verdade para os cidadãos e os chilenos querem uma política melhor e mais justa", disse a mandatária.
Visivelmente surpresa com a forte queda de sua base, Bachelet também ressaltou a forte abstenção registrada nas urnas e destacou que esse é um "poderoso alerta" para toda a classe política.
"É um mal-estar que cresce e que mostra que a fortaleza da nossa democracia está afetada", disse a presidente ressaltando que isso "não é apenas uma simples expressão de desinteresse, mas um aborrecimento direto". Bachelet ainda questionou se todos, governo e oposição, "estão oferecendo as reais demandas cidadãs do país", que envolvem a "probidade, a eficiência e a proximidade".
Cerca de 14,1 milhões de chilenos estavam aptos ao voto, mas o número total de pessoas que se dirigiram aos centros de votação não chegou aos cinco milhões. O índice de abstenção é o mais baixo desde a volta da democracia ao Chile, em 1990.
- Maiores derrotas: A coalizão de direita recuperou cidades emblemáticas para o governo de Bachelet. Apesar de não ser a maior cidade do país, a capital Santiago voltou para as mãos da oposição com a derrota de Carolina Tohá para Felipe Alessandri. Tohá era uma aposta de renovação política da esquerda chilena.
O município de Providência também saiu das mãos da base de Bachelent, onde a ex-ministra e ex-senadora Evelyn Matthei teve uma grande vitória contra a socióloga e atual prefeita Josefina Errázuriz. Já em Maipú, a vencedora foi a ex-dançarina de um programa de televisão e esposa do deputado Joaquín Lavín, Catherine Barriga, que derrotou o atual prefeito Cristián Vittori, investigado por corrupção, e o social-democrata Freddy Campusano.
Ao sul da região metropolitana, em Pedro Aguirre Cerda, a atual prefeita Claudina Núñez perdeu para o médico independente Juan Rozas - que também derrotou a coalizão de direita. Outra surpresa ocorreu em Valparaíso, considerado uma base da esquerda chilena, onde o ex-líder estudantil Gabriel Boric derrotou o representante do governo, Leopoldo Méndez, e o atual prefeito da direita, Jorge Castro.
Em números totais, com os votos computados até agora, a coalizão de esquerda ficou com 143 prefeituras - contra 167 de 2012 - e a direita subiu de 121 para 142 cidades. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.