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Raúl faz homenagem a Fidel em 1º discuso após morte de irmão

30/11/2016 09h57

HAVANA, 30 NOV (ANSA) - O presidente de Cuba, Raúl Castro, e uma multidão prestaram homenagens na Plaza de la Revolución, na noite de ontem (29), ao ex-líder Fidel Castro, morto na última sexta-feira, aos 90 anos de idade. Em seu discurso de homenagens, Raúl relembrou marcos históricos vividos com Fidel, desde a Revolução Cubana, até a reforma agrária e a morte de Ernesto Che Guevara. "É aqui, onde nós celebramos nossas vitórias, te dizemos junto a nosso abnegado, combativo e heroico povo: Até a vitória, sempre!", disse Raúl Castro, em seu primeiro pronunciamento público desde que anunciara o falecimento do irmão. "Suas vibrantes palavras ressoam hoje nesta praça", comentou Raúl. Na Plaza de la Revolución, Fidel ratificou a Lei da Reforma Agrária, uma das primeiras medidas econômicas de cunho socialista da Revolução Cubana de 1959. No mesmo lugar, foram assinadas a primeira e a segunda declaração de Havana de 1960 e 1962, que declaravam a soberania da ilha e a relação de Cuba com a União Soviética e a China. Já os cidadãos cubanos foram até a Plaza de la Revolución carregando bandeiras e gritos para ovacionar Fidel. O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que "Fidel está invicto" e que "somente o inexorável passar dos anos poderá derrotar". O boliviano Evo Morales adotou um discurso mais político e acusou a "imprensa imperialista" de prever a "queda de Cuba" após a morte de Fidel. Por sua vez, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, comentou que Fidel promoveu uma política de respeito e de solidariedade, equanto o nicaraguense Daniel Ortega confessou que "doi perder" o ex-líder cubano. Único europeu a participar do funeral, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou que Fidel é "um grande revolucionário do século 20". Um dos políticos mais próximos de Cuba, o venezuelano Nicolás Maduro elogiou o tamanho da homenagem a Fidel e disse que "os imperialistas não podem contra ele". Ao longo da semana, outros líderes políticos e representantes de governos irão a Cuba para participar dos atos fúnebres de Fidel Castro. (ANSA)
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