Itália é cada vez mais um país de idosos, mostra Anuário
ROMA, 29 DEZ (ANSA) - A Itália é cada vez mais um país idoso, mas que gosta de sua situação de saúde e bem estar, é o que aponta o Anuário 2016 do Instituto Italiano de Estatísticas (Istat) divulgado nesta quinta-feira (29). O documento usa os dados mais recentes em cada categoria, o que faz com que algumas informações sejam de 2015 e outras de 2016.
Segundo dados registrados até 31 de dezembro de 2015, havia 161,4 pessoas acima dos 65 anos para cada 100 jovens, uma alta considerável, já que no ano anterior, 2014, essa relação estava em 100 para cada 157,7. Com o resultado, os italianos estão no topo do ranking da União Europeia, ao lado da Alemanha, no processo de envelhecimento da população.
Por regiões, a Ligúria é a que apresenta a maior quantidade de idosos (246,5 para cada 100 jovens) e a Campânia é a "mais jovial" (117,3 para cada 100). No entanto, em ambos os casos, o valor é mais alto que o do ano precedente.
Ainda nessa questão, continua em queda o número de nascimentos: foram 485.780 bebês agora considerando os dados até o momento de 2016. A diferença entre nascimentos e mortes voltou a apresentar um índice maior para esta última, com uma "defasagem" de 161.791.
Além disso, pela primeira vez, a Itália registrou uma queda na expectativa de vida de sua população: as mulheres caíram de 85 para 84,7 anos em média e os homens de 80,3 para 80,1 anos.
No entanto, apesar de estar envelhecendo em um ritmo rápido, 70,1% da população italiana afirma se sentir muito bem com sua saúde, especialmente na região Norte do país - mesmo que 39,1% revelaram ter uma doença crônica.
Essa percepção é mais positiva entre os homens (73,9%) do que entre as mulheres (66,4%) e as regiões de Bolzano (84,5%), Trento (78,5%) e Emília-Romana (73,5%) tem os melhores índices.
Já quem mora na Calábria (62,1%) e na Sardenha (63%) considera sua saúde de maneira menos positiva.
O mais interessante é que, ao mesmo tempo que consideram sua saúde melhor, mais italianos começaram a fumar, revertendo a queda dos últimos anos. Segundo o Istat, um em cada três jovens entre 25 e 34 anos fumam, especialmente entre os homens. O Anuário revelou que elas, no entanto, estão fumando cada vez menos nessa faixa etária: são apenas 15,1% delas que fumam contra 24,8% deles.
Se a saúde está boa, contudo, as maiores preocupações dos italianos recaem sobre a criminalidade. Isso porque houve uma alta da percepção de insegurança entre as famílias - quatro em cada 10 se dizem inseguras - mesmo que o documento mostre uma queda de 2,7% no número de crimes cometidos no país.
- Trabalho, renda e estudo: "Somando os desempregados com a força de trabalho em potencial, somam 6,5 milhões as pessoas que gostariam de trabalhar", informa o Istat revelando pequenos sinais de melhora da economia italiana. Ao todo, mesmo com os dados ainda não finalizados de 2016, houve um aumento de 186 mil postos de trabalho.
Considerando os dados de 2015, houve uma queda no número de famílias que são proprietárias da casa onde vivem - de 81,5% em 2014 para 81% em 2015 - e que tem a residência hipotecada (de 19,3% para 17,7%).
O Istat ainda informou 18% das famílias pagam aluguel e que, em média, o gasto é de 430,56 euros - mas que esse valor sobe para 506,55 euros de média na região noroeste e cai para 260,77 euros nas ilhas.
Já considerando o ano de 2016, "as famílias continuam tendo dificuldade de acesso a muitos serviços de utilidade pública, em particular, para unidades de pronto-socorro (55,5%)", seguido pelas forças de segurança (36,4%), os escritórios comunais (34,1%), supermercados (28,5%) e os escritórios postais (25,6%).
Nas questões que envolvem os estudos, caiu pelo quinto ano consecutivo o número de inscritos no sistema escolar, mas o nível de estudo dos italianos aumentou. No ano escolar 2014/2015, houve uma queda de 34.426 no número de alunos em relação a 2013/2014, especialmente, no ensino infantil (-26.845).
Essa diminuição está diretamente ligada à queda populacional do país, que não foi suficientemente compensado com a chegada de alunos estrangeiros, que aumentaram 9,2% (814.208 estudantes). E são as escolas do Norte e do centro do país que mais acolhem os estrangeiros.
O nível de instrução da população italiana está em constante alta ao longo dos últimos anos. Em 2015, três pessoas em cada 10 obtiveram uma qualificação ou um diploma de educação superior (35,6%), um número estável em relação a 2014, enquanto cresceu de 12,7% para 13,1% o percentual de quem possuem um título universitário.
Mas, um dado negativo relativo à educação, é que caiu o número de pessoas que buscam continuar os estudos assim que terminam um curso na Universidade. E o Anuário confirmou que, entre aqueles que decidem prosseguir o aprimoramento, as mulheres são as que mais buscam essas especializações: são 55 mulheres em cada 100 estudantes. CONTINUAVeja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo dados registrados até 31 de dezembro de 2015, havia 161,4 pessoas acima dos 65 anos para cada 100 jovens, uma alta considerável, já que no ano anterior, 2014, essa relação estava em 100 para cada 157,7. Com o resultado, os italianos estão no topo do ranking da União Europeia, ao lado da Alemanha, no processo de envelhecimento da população.
Por regiões, a Ligúria é a que apresenta a maior quantidade de idosos (246,5 para cada 100 jovens) e a Campânia é a "mais jovial" (117,3 para cada 100). No entanto, em ambos os casos, o valor é mais alto que o do ano precedente.
Ainda nessa questão, continua em queda o número de nascimentos: foram 485.780 bebês agora considerando os dados até o momento de 2016. A diferença entre nascimentos e mortes voltou a apresentar um índice maior para esta última, com uma "defasagem" de 161.791.
Além disso, pela primeira vez, a Itália registrou uma queda na expectativa de vida de sua população: as mulheres caíram de 85 para 84,7 anos em média e os homens de 80,3 para 80,1 anos.
No entanto, apesar de estar envelhecendo em um ritmo rápido, 70,1% da população italiana afirma se sentir muito bem com sua saúde, especialmente na região Norte do país - mesmo que 39,1% revelaram ter uma doença crônica.
Essa percepção é mais positiva entre os homens (73,9%) do que entre as mulheres (66,4%) e as regiões de Bolzano (84,5%), Trento (78,5%) e Emília-Romana (73,5%) tem os melhores índices.
Já quem mora na Calábria (62,1%) e na Sardenha (63%) considera sua saúde de maneira menos positiva.
O mais interessante é que, ao mesmo tempo que consideram sua saúde melhor, mais italianos começaram a fumar, revertendo a queda dos últimos anos. Segundo o Istat, um em cada três jovens entre 25 e 34 anos fumam, especialmente entre os homens. O Anuário revelou que elas, no entanto, estão fumando cada vez menos nessa faixa etária: são apenas 15,1% delas que fumam contra 24,8% deles.
Se a saúde está boa, contudo, as maiores preocupações dos italianos recaem sobre a criminalidade. Isso porque houve uma alta da percepção de insegurança entre as famílias - quatro em cada 10 se dizem inseguras - mesmo que o documento mostre uma queda de 2,7% no número de crimes cometidos no país.
- Trabalho, renda e estudo: "Somando os desempregados com a força de trabalho em potencial, somam 6,5 milhões as pessoas que gostariam de trabalhar", informa o Istat revelando pequenos sinais de melhora da economia italiana. Ao todo, mesmo com os dados ainda não finalizados de 2016, houve um aumento de 186 mil postos de trabalho.
Considerando os dados de 2015, houve uma queda no número de famílias que são proprietárias da casa onde vivem - de 81,5% em 2014 para 81% em 2015 - e que tem a residência hipotecada (de 19,3% para 17,7%).
O Istat ainda informou 18% das famílias pagam aluguel e que, em média, o gasto é de 430,56 euros - mas que esse valor sobe para 506,55 euros de média na região noroeste e cai para 260,77 euros nas ilhas.
Já considerando o ano de 2016, "as famílias continuam tendo dificuldade de acesso a muitos serviços de utilidade pública, em particular, para unidades de pronto-socorro (55,5%)", seguido pelas forças de segurança (36,4%), os escritórios comunais (34,1%), supermercados (28,5%) e os escritórios postais (25,6%).
Nas questões que envolvem os estudos, caiu pelo quinto ano consecutivo o número de inscritos no sistema escolar, mas o nível de estudo dos italianos aumentou. No ano escolar 2014/2015, houve uma queda de 34.426 no número de alunos em relação a 2013/2014, especialmente, no ensino infantil (-26.845).
Essa diminuição está diretamente ligada à queda populacional do país, que não foi suficientemente compensado com a chegada de alunos estrangeiros, que aumentaram 9,2% (814.208 estudantes). E são as escolas do Norte e do centro do país que mais acolhem os estrangeiros.
O nível de instrução da população italiana está em constante alta ao longo dos últimos anos. Em 2015, três pessoas em cada 10 obtiveram uma qualificação ou um diploma de educação superior (35,6%), um número estável em relação a 2014, enquanto cresceu de 12,7% para 13,1% o percentual de quem possuem um título universitário.
Mas, um dado negativo relativo à educação, é que caiu o número de pessoas que buscam continuar os estudos assim que terminam um curso na Universidade. E o Anuário confirmou que, entre aqueles que decidem prosseguir o aprimoramento, as mulheres são as que mais buscam essas especializações: são 55 mulheres em cada 100 estudantes. CONTINUA
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