Papa aceita renúncia de grão-mestre da Ordem de Malta
CIDADE DO VATICANO, 25 JAN (ANSA) - O papa Francisco aceitou nesta quarta-feira (25) o pedido de demissão do grão-mestre da Ordem de Malta, Frei Matthew Festing.
Um dia antes, em uma reunião a portas fechadas, o próprio Pontífice havia instado o frade a renunciar, segundo fontes da própria organização. No entanto, de acordo com o Vaticano, foi Festing quem decidiu deixar o cargo, que seria vitalício.
"Hoje, 25 de janeiro, o Santo Padre aceitou a demissão, exprimindo a Frei Festing o reconhecimento pelos sentimentos de lealdade e devoção em relação ao sucessor de Pedro", diz um comunicado da Santa Sé.
O comando da Ordem de Malta será assumido interinamente pelo grão-comendador Frei Ludwig Hoffmann von Rumerstein, até que um novo grão-mestre seja designado. A demissão põe fim a meses de uma disputa que era vista como um novo braço de ferro entre as alas liberal e conservadora da Igreja.
Em dezembro, Francisco, tido como reformista, nomeou uma comissão para apurar as circunstâncias da demissão do grão-chanceler Albrecht Freiherr Von Boeselager, que teria sido motivada pela decisão deste último de autorizar a participação dos Cavaleiros de Malta em programas de distribuição gratuita de preservativos contra a propagação do vírus HIV na África.
No entanto, a Ordem, cujo patrono é o cardeal conservador Raymond Burke, se recusou a cooperar com o inquérito, afirmando que a saída de Boeselager era um "caso interno". Contudo, especula-se que o ex-grão-chanceler era muito liberal para o gosto de Burke.
O cardeal norte-americano já fez duras críticas a Jorge Bergoglio e é um dos líderes conservadores que enviou uma carta contestando a exortação apostólica "Amoris laetitia", que defende uma maior abertura da Igreja aos divorciados. Burke é contra "modernizações" na doutrina católica, o que vai de encontro à postura reformista de Francisco.
Criada na época das Cruzadas, quando teve uma importante atuação militar, a Ordem de Malta é uma das principais organizações humanitárias da Igreja Católica e possui mais de 12 mil membros.
A renúncia de Festing será formalizada no próximo dia 28 de janeiro. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Um dia antes, em uma reunião a portas fechadas, o próprio Pontífice havia instado o frade a renunciar, segundo fontes da própria organização. No entanto, de acordo com o Vaticano, foi Festing quem decidiu deixar o cargo, que seria vitalício.
"Hoje, 25 de janeiro, o Santo Padre aceitou a demissão, exprimindo a Frei Festing o reconhecimento pelos sentimentos de lealdade e devoção em relação ao sucessor de Pedro", diz um comunicado da Santa Sé.
O comando da Ordem de Malta será assumido interinamente pelo grão-comendador Frei Ludwig Hoffmann von Rumerstein, até que um novo grão-mestre seja designado. A demissão põe fim a meses de uma disputa que era vista como um novo braço de ferro entre as alas liberal e conservadora da Igreja.
Em dezembro, Francisco, tido como reformista, nomeou uma comissão para apurar as circunstâncias da demissão do grão-chanceler Albrecht Freiherr Von Boeselager, que teria sido motivada pela decisão deste último de autorizar a participação dos Cavaleiros de Malta em programas de distribuição gratuita de preservativos contra a propagação do vírus HIV na África.
No entanto, a Ordem, cujo patrono é o cardeal conservador Raymond Burke, se recusou a cooperar com o inquérito, afirmando que a saída de Boeselager era um "caso interno". Contudo, especula-se que o ex-grão-chanceler era muito liberal para o gosto de Burke.
O cardeal norte-americano já fez duras críticas a Jorge Bergoglio e é um dos líderes conservadores que enviou uma carta contestando a exortação apostólica "Amoris laetitia", que defende uma maior abertura da Igreja aos divorciados. Burke é contra "modernizações" na doutrina católica, o que vai de encontro à postura reformista de Francisco.
Criada na época das Cruzadas, quando teve uma importante atuação militar, a Ordem de Malta é uma das principais organizações humanitárias da Igreja Católica e possui mais de 12 mil membros.
A renúncia de Festing será formalizada no próximo dia 28 de janeiro. (ANSA)
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