Nova crise na Alitalia preocupa governo italiano
ROMA, 20 FEV (ANSA) - O ministro dos Transportes da Itália, Graziano Delrio, afirmou nesta segunda-feira (20) que o governo está "preocupado" com a situação da maior companhia aérea do país, a Alitalia, que enfrenta uma nova crise pouco mais de dois anos depois de ter ficado à beira da falência.
Segundo estimativas do jornal econômico "Il Sole 24 Ore", a empresa sofreu prejuízo de 400 milhões de euros em 2016, um resultado que seria fruto de sua estratégia de apostar nas rotas de curta e média distância - menos lucrativas -, deixando de lado os trechos longos.
Além disso, a Alitalia não possui alianças com nenhuma outra grande companhia aérea europeia, o que dificulta a competição internacional contra grupos como Air France-KLM e Lufthansa. Na primeira semana de março, a empresa deve apresentar seu novo plano industrial, mas já se fala em um corte de mais de 1 mil funcionários, o que tem causado temor em sindicatos e no governo.
"Os problemas da Alitalia são tão sérios que não podem ser enfrentados com o coração leve. Existe preocupação", declarou Delrio, antes de uma reunião em Roma com representantes dos trabalhadores.
Privatizada em 2006, a Alitalia é comandada atualmente pela holding Compagnia Aerea Italiana (CAI), que detém 51% de seu capital, e pela empresa árabe Etihad Airways, dona dos 49% restantes. No entanto, a segunda principal acionista da CAI é a empresa pública de correios Poste Italiane, com quase 19,48% de participação na holding, atrás apenas do banco privado Intesa Sanpaolo (20,59%).
Um eventual plano de demissões poderia ter repercussões negativas sobre o governo italiano, que ainda luta para tirar o país da crise e para reduzir os elevados índices de desemprego, principalmente entre os jovens.
Em 2009, a Alitalia esteve para ser vendida para o grupo franco-holandês Air France-KLM, mas a operação foi bloqueada pelo então primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que reuniu um pool de empresas italianas - a CAI - para comprá-la. Contudo, nos anos seguintes, as firmas em questão não foram capazes de realizar os investimentos para levantar a companhia aérea.
Entre 2013 e 2014, a Alitalia esteve à beira da falência, mas foi salva por uma injeção de capital da Etihad, que passou a ter 49% de seu capital e prometeu recuperá-la. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo estimativas do jornal econômico "Il Sole 24 Ore", a empresa sofreu prejuízo de 400 milhões de euros em 2016, um resultado que seria fruto de sua estratégia de apostar nas rotas de curta e média distância - menos lucrativas -, deixando de lado os trechos longos.
Além disso, a Alitalia não possui alianças com nenhuma outra grande companhia aérea europeia, o que dificulta a competição internacional contra grupos como Air France-KLM e Lufthansa. Na primeira semana de março, a empresa deve apresentar seu novo plano industrial, mas já se fala em um corte de mais de 1 mil funcionários, o que tem causado temor em sindicatos e no governo.
"Os problemas da Alitalia são tão sérios que não podem ser enfrentados com o coração leve. Existe preocupação", declarou Delrio, antes de uma reunião em Roma com representantes dos trabalhadores.
Privatizada em 2006, a Alitalia é comandada atualmente pela holding Compagnia Aerea Italiana (CAI), que detém 51% de seu capital, e pela empresa árabe Etihad Airways, dona dos 49% restantes. No entanto, a segunda principal acionista da CAI é a empresa pública de correios Poste Italiane, com quase 19,48% de participação na holding, atrás apenas do banco privado Intesa Sanpaolo (20,59%).
Um eventual plano de demissões poderia ter repercussões negativas sobre o governo italiano, que ainda luta para tirar o país da crise e para reduzir os elevados índices de desemprego, principalmente entre os jovens.
Em 2009, a Alitalia esteve para ser vendida para o grupo franco-holandês Air France-KLM, mas a operação foi bloqueada pelo então primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que reuniu um pool de empresas italianas - a CAI - para comprá-la. Contudo, nos anos seguintes, as firmas em questão não foram capazes de realizar os investimentos para levantar a companhia aérea.
Entre 2013 e 2014, a Alitalia esteve à beira da falência, mas foi salva por uma injeção de capital da Etihad, que passou a ter 49% de seu capital e prometeu recuperá-la. (ANSA)
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