Senado dos EUA alerta para ação russa em eleições na UE
WASHINGTON, 30 MAR (ANSA) - Suspeita de ter agido para beneficiar Donald Trump na disputa presidencial contra Hillary Clinton, a Rússia também estaria tentando influenciar o resultado das eleições deste ano na União Europeia.
O alarme foi lançado pela Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, que iniciou nesta quinta-feira (30) as audiências do inquérito que apura o papel do Kremlin no pleito de novembro do ano passado. A investigação é conduzida paralelamente às do FBI e da Câmara dos Representantes.
O presidente do colegiado, o senador republicano Richard Burr, afirmou que Moscou está fazendo ações "cobertas e abertas" para interferir no resultado das eleições na França, em 23 de abril e 7 de maio, e na Alemanha, em 24 de setembro. O objetivo seria ajudar partidos eurocéticos a ganhar projeção nas urnas.
Na semana passada, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu em seu gabinete a líder do partido ultranacionalista francês Frente Nacional, Marine Le Pen, que é favorita para estar no segundo turno. Na ocasião, ele prometeu não "interferir" na votação.
Além disso, no início de março, sua legenda, a Rússia Unida, assinou um "acordo de cooperação" com o partido de extrema-direita italiano Liga Norte, que pede a antecipação das eleições parlamentares no país para este ano.
"Os responsáveis americanos alertaram os países que terão eleições iminentes sobre aquilo que o governo sabe sobre as capacidades russas e suas intenções", declarou Burr. As "ações cobertas" citadas pela Comissão de Inteligência seriam ataques hackers, como aqueles que vazaram milhares de emails do Partido Democrata antes da disputa entre Hillary e Trump.
Além disso, membros da campanha de Emmanuel Macron, principal adversário de Le Pen na França, acusaram a Rússia de ter tentado invadir os computadores da equipe e de ter espalhado notícias falsas sobre o candidato, um europeísta convicto. Putin nega todas as denúncias.
O objetivo dos senadores norte-americanos é descobrir se Moscou usou a tecnologia para disseminar a desinformação no país, principalmente em estados cruciais na disputa presidencial, como Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, todos vencidos por Trump.
Na próxima semana, a comissão interrogará Jared Kushner, genro e conselheiro do republicano e que se reunira em 2014 com representantes de um banco estatal russo atingido pelas sanções dos EUA. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O alarme foi lançado pela Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, que iniciou nesta quinta-feira (30) as audiências do inquérito que apura o papel do Kremlin no pleito de novembro do ano passado. A investigação é conduzida paralelamente às do FBI e da Câmara dos Representantes.
O presidente do colegiado, o senador republicano Richard Burr, afirmou que Moscou está fazendo ações "cobertas e abertas" para interferir no resultado das eleições na França, em 23 de abril e 7 de maio, e na Alemanha, em 24 de setembro. O objetivo seria ajudar partidos eurocéticos a ganhar projeção nas urnas.
Na semana passada, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu em seu gabinete a líder do partido ultranacionalista francês Frente Nacional, Marine Le Pen, que é favorita para estar no segundo turno. Na ocasião, ele prometeu não "interferir" na votação.
Além disso, no início de março, sua legenda, a Rússia Unida, assinou um "acordo de cooperação" com o partido de extrema-direita italiano Liga Norte, que pede a antecipação das eleições parlamentares no país para este ano.
"Os responsáveis americanos alertaram os países que terão eleições iminentes sobre aquilo que o governo sabe sobre as capacidades russas e suas intenções", declarou Burr. As "ações cobertas" citadas pela Comissão de Inteligência seriam ataques hackers, como aqueles que vazaram milhares de emails do Partido Democrata antes da disputa entre Hillary e Trump.
Além disso, membros da campanha de Emmanuel Macron, principal adversário de Le Pen na França, acusaram a Rússia de ter tentado invadir os computadores da equipe e de ter espalhado notícias falsas sobre o candidato, um europeísta convicto. Putin nega todas as denúncias.
O objetivo dos senadores norte-americanos é descobrir se Moscou usou a tecnologia para disseminar a desinformação no país, principalmente em estados cruciais na disputa presidencial, como Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, todos vencidos por Trump.
Na próxima semana, a comissão interrogará Jared Kushner, genro e conselheiro do republicano e que se reunira em 2014 com representantes de um banco estatal russo atingido pelas sanções dos EUA. (ANSA)
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