Trump ameaça taxar produtos da UE e europeus reagem
NOVA YORK, 30 MAR (ANSA) - O governo de Donald Trump pode impor taxas de até 100% do valor declarado de produtos da União Europeia (UE) como resposta ao veto do bloco à compra de carne bovina norte-americana tratada com hormônios. De acordo com o jornal "The Wall Street Journal", entre os produtos na mira do magnata republicano estão a scooter "Vespa", da fabricante italiana Piaggio, as águas mineirais San Pellegrino e Perrier, ambas da Nestlé, e o queijo Roquefort. A medida responderia aos protestos dos produtores de carne norte-americanos e seria o primeiro sinal da agressividade da Casa Branca na defesa de seus interesses comerciais.
Durante sua campanha eleitoral, Trump repetidamente atacou a política comercial adotada nos últimos oito anos pelo seu antecessor, Barack Obama, ameaçando tomar medidas contra as principais economias mundiais e parceiros dos EUA, como a China.
Em 2015, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que facilita a aplicação de taxas e impostos "punitivos" em forma de retaliação e poderia ser ativada por Trump nesse caso contra a União Europeia. Mas uma norma da Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que os EUA apenas apliquem taxas a produtos de importação com um valor relativamente baixo, de US$ 100 milhões.
O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, comentou a polêmica e defendeu que a "qualidade [dos produtos] não tem fronteiras". "Taxas e protecionismos não podem se tornar uma barreira, um mecanismo de freio, um muro à qualidade, a qual representa o crescimento e o bem-estar de todos". Em um comunicado, a Piaggio também se pronunciou, mas negou que esteja preocupada com a possível taxação punitiva, pois o mercado dos Estados Unidos representaria menos de 5% do volume de negócios da sociedade, de acordo com fontes ligadas à empresa. A maior associação de indústrias da Itália, a Confindustria, disse que "não há inimigo maior para as empresas que as restrições e taxações". "Os efeitos podem ser vários, com sinais negativos para toda a economia", pontuou a vice-presidente da entidade, Licia Mattioli. A Comissão Europeia, por sua vez, acompanha o desenrolar do caso com atenção e aguarda a nomeação do novo representante do governo americano para o comércio na UE. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Durante sua campanha eleitoral, Trump repetidamente atacou a política comercial adotada nos últimos oito anos pelo seu antecessor, Barack Obama, ameaçando tomar medidas contra as principais economias mundiais e parceiros dos EUA, como a China.
Em 2015, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que facilita a aplicação de taxas e impostos "punitivos" em forma de retaliação e poderia ser ativada por Trump nesse caso contra a União Europeia. Mas uma norma da Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que os EUA apenas apliquem taxas a produtos de importação com um valor relativamente baixo, de US$ 100 milhões.
O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, comentou a polêmica e defendeu que a "qualidade [dos produtos] não tem fronteiras". "Taxas e protecionismos não podem se tornar uma barreira, um mecanismo de freio, um muro à qualidade, a qual representa o crescimento e o bem-estar de todos". Em um comunicado, a Piaggio também se pronunciou, mas negou que esteja preocupada com a possível taxação punitiva, pois o mercado dos Estados Unidos representaria menos de 5% do volume de negócios da sociedade, de acordo com fontes ligadas à empresa. A maior associação de indústrias da Itália, a Confindustria, disse que "não há inimigo maior para as empresas que as restrições e taxações". "Os efeitos podem ser vários, com sinais negativos para toda a economia", pontuou a vice-presidente da entidade, Licia Mattioli. A Comissão Europeia, por sua vez, acompanha o desenrolar do caso com atenção e aguarda a nomeação do novo representante do governo americano para o comércio na UE. (ANSA)
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