Após romper com OEA, Maduro xinga e ofende Almagro
ROMA, 28 ABR (ANSA) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, perdeu a compostura e xingou a Organização dos Estados Americanos (OEA) , que tem adotado uma postura crítica em relação ao mandatário, após decidir pela ruptura com o órgão na última quinta-feira (27).
"Estamos livres da OEA. OEA, pro car****, Luis Almagro pro car****. A Venezuela se respeita e vamos nos fazer respeitar", disse Maduro, com um xingamento, ao defender o rompimento atacando diretamente o secretário-geral da organização, Almagro.
A declaração foi realizada durante uma concentração de mulheres no palácio presidencial de Miraflores. "Não reconhecemos qualquer reunião, qualquer decisão da OEA. Tenho orgulho de dizer que tomei a decisão de retirar nosso país da OEA, de libertar o nosso país do intervencionismo. Somos livres e nunca voltaremos", enfatizou o venezuelano.
De acordo com o chefe de Estado, a organização promove uma campanha para "intervir na Venezuela" sob a orientação de Washington. "Digo ao imperialismo: Já basta. Não se metam mais com a Venezuela", ressaltou.
A decisão de romper com a OEA foi tomada após 16 dos 35 países-membros da entidade terem pedido a convocação de uma sessão extraordinária urgente sobre a crise da Venezuela. Além disso, Maduro acusa a organização de ser um "braço" da Casa Branca. Na última quarta-feira (26), o órgão aprovou uma resolução na qual convoca uma cúpula dos ministros das Relações Exteriores para discutir a situação do país. A crise na Venezuela se agravou no fim de março, quando o Tribunal Supremo de Justiça anulou todas as funções da Assembleia Nacional e assumiu para si a tarefa legislativa, decisão que foi revertida após pressão sofrida pela corte, fiel a Maduro.
Milhares de opositores do atual governo foram às ruas em uma série de protestos, que já resultou em 26 mortos, dezenas de feridos e outras centenas detidas pela polícia. A Igreja Católica, sob aval do papa Francisco, tenta mediar as negociações entre governo e oposição para solucionar a crise política. De acordo com a Caritas, organização social da Igreja, "80% da população venezuelana tem dificuldade em encontrar comida e remédios. Mais da metade se encontra em condição extrema, sobretudo as criaças e idosos, primeiras vítimas da desnutrição.
No entanto, a situação é difícil para todos, pobres e classe média", afirmou Janeth Marquez, presidente do Cáritas Venezuela.
Segundo ela, a Venezuela sofre uma "emergência humanitária causada pela crise econômica e política". Para a Igreja e organizações da sociedade civil está se tornando cada vez mais complicado, porque a cada dia batem em nossas portas pessoas pedindo ajuda e é difícil escolher para quem iremos conceder ajuda. São muitas necessidades", ressaltou.
A Caritas trabalha em todo o país distribuindo alimentos nas ruas e nas casas dos venezuelanos. "Há momentos que temos medo por trabalhar em lugares com insegurança e presença de grupos armados, mas a Igreja é um dos órgãos que mais tem credibilidade entre os projetos populacionais e sociais", finalizou Marquez.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Estamos livres da OEA. OEA, pro car****, Luis Almagro pro car****. A Venezuela se respeita e vamos nos fazer respeitar", disse Maduro, com um xingamento, ao defender o rompimento atacando diretamente o secretário-geral da organização, Almagro.
A declaração foi realizada durante uma concentração de mulheres no palácio presidencial de Miraflores. "Não reconhecemos qualquer reunião, qualquer decisão da OEA. Tenho orgulho de dizer que tomei a decisão de retirar nosso país da OEA, de libertar o nosso país do intervencionismo. Somos livres e nunca voltaremos", enfatizou o venezuelano.
De acordo com o chefe de Estado, a organização promove uma campanha para "intervir na Venezuela" sob a orientação de Washington. "Digo ao imperialismo: Já basta. Não se metam mais com a Venezuela", ressaltou.
A decisão de romper com a OEA foi tomada após 16 dos 35 países-membros da entidade terem pedido a convocação de uma sessão extraordinária urgente sobre a crise da Venezuela. Além disso, Maduro acusa a organização de ser um "braço" da Casa Branca. Na última quarta-feira (26), o órgão aprovou uma resolução na qual convoca uma cúpula dos ministros das Relações Exteriores para discutir a situação do país. A crise na Venezuela se agravou no fim de março, quando o Tribunal Supremo de Justiça anulou todas as funções da Assembleia Nacional e assumiu para si a tarefa legislativa, decisão que foi revertida após pressão sofrida pela corte, fiel a Maduro.
Milhares de opositores do atual governo foram às ruas em uma série de protestos, que já resultou em 26 mortos, dezenas de feridos e outras centenas detidas pela polícia. A Igreja Católica, sob aval do papa Francisco, tenta mediar as negociações entre governo e oposição para solucionar a crise política. De acordo com a Caritas, organização social da Igreja, "80% da população venezuelana tem dificuldade em encontrar comida e remédios. Mais da metade se encontra em condição extrema, sobretudo as criaças e idosos, primeiras vítimas da desnutrição.
No entanto, a situação é difícil para todos, pobres e classe média", afirmou Janeth Marquez, presidente do Cáritas Venezuela.
Segundo ela, a Venezuela sofre uma "emergência humanitária causada pela crise econômica e política". Para a Igreja e organizações da sociedade civil está se tornando cada vez mais complicado, porque a cada dia batem em nossas portas pessoas pedindo ajuda e é difícil escolher para quem iremos conceder ajuda. São muitas necessidades", ressaltou.
A Caritas trabalha em todo o país distribuindo alimentos nas ruas e nas casas dos venezuelanos. "Há momentos que temos medo por trabalhar em lugares com insegurança e presença de grupos armados, mas a Igreja é um dos órgãos que mais tem credibilidade entre os projetos populacionais e sociais", finalizou Marquez.
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