Itália se despede de ator e comediante Paulo Villaggio
ROMA, 5 JUL (ANSA) - O Campidoglio, a sede da Prefeitura de Roma, ficou repleto de pessoas nesta quarta-feira, dia 5, que queriam se despedir do famoso ator italiano Paolo Villaggio, que morreu na última segunda-feira (3), na capital italiana aos 84 anos. Em frente ao caixão, foi colocado um tapete vermelho e um belo enfeite de rosas brancas. "Estaria muito feliz de seu adeus ter sido no Campidoglio e principalmente pela presença de todas essas pessoas. Ele me dizia que o verdadeiro azar é morrer durante os Mundiais porque ninguém faz fila [para dizer adeus]", disse Pierfrancesco, um dos filhos de Villaggio. "Tive a sorte de estar bem próximo dele nos últimos cinco anos e isso fez com que eu conseguisse estabelecer uma relação com ele que nunca tive antes. Cada vez que voltava de uma viagem com ele eu ficava exausto porque ele era uma pessoa complexa. Mas hoje eu pagaria por uma daquelas viagens", relembrou o italiano. "Não sou eu que deveria dizer isso, mas da sua herança artística ficará certamente o personagem [Ugo] Fantozzi; com o devido respeito, aquela interpretação me faz compará-lo [ao famoso ator cômico italiano] Totò", concluiu Pierfrancesco. Na cerimônia de despedida do artista, compareceram grandes nomes do mundo das artes e da política, como o cineasta Neri Parenti, o ator Enrico Montesano, e o ministro dos Bens Culturais, Dario Franceschini, que prestaram suas homenagens. "Ele foi um grande intelectual, entrou de modo inteligente e irônico nas nossas vidas e também na das novas gerações", afirmou o ministro, um dos primeiros a chegar ao Campidoglio. Além disso, também esteve presente o governador da Ligúria, região na qual Villaggio nasceu. "Adeus a um grande genovês, a um grande lígure, um grande italiano e a um ator que contribuiu com um símbolo profundo no cinema e na cultura do século 20", disse o governador.
"As lembranças são tantas para quem tem a minha idade, para a minha geração: os seus filmes, os seus livros, o personagem de Fantozzi que como nenhum outro soube estigmatizar com ironia todos os defeitos do nosso país, o servilismo, a burocracia e a falta de mobilidade social", concluiu. O líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Beppe Grillo, e o político Davide Casaleggio, também do partido, também prestaram suas homenagens ao ator que, no passado, defendia assiduamente a legenda do também genovês. Após a despedida da prefeitura romana, o corpo de Villaggio prosseguiu para a Casa del Cinema, também na cidade, onde teve inicio um funeral laico. De origem genovesa, Villaggio foi escritor e autor, protagonista de vários programas de televisão e rádio, a maioria de entretenimento, e deu vida a personagens marcantes, como o professor Kranz e o contador Ugo Fantozzi. Villaggio também atuou em obras dramáticas com os cineastas Federico Fellini, Marco Ferreri, Lina Wertmuller, Ermanno Olmi e Mario Monicelli. Em 1992, recebeu o Leão de Ouro pela Carreira durante a 49ª Mostra Internacional de Arte Cinematográfica de Veneza. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"As lembranças são tantas para quem tem a minha idade, para a minha geração: os seus filmes, os seus livros, o personagem de Fantozzi que como nenhum outro soube estigmatizar com ironia todos os defeitos do nosso país, o servilismo, a burocracia e a falta de mobilidade social", concluiu. O líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Beppe Grillo, e o político Davide Casaleggio, também do partido, também prestaram suas homenagens ao ator que, no passado, defendia assiduamente a legenda do também genovês. Após a despedida da prefeitura romana, o corpo de Villaggio prosseguiu para a Casa del Cinema, também na cidade, onde teve inicio um funeral laico. De origem genovesa, Villaggio foi escritor e autor, protagonista de vários programas de televisão e rádio, a maioria de entretenimento, e deu vida a personagens marcantes, como o professor Kranz e o contador Ugo Fantozzi. Villaggio também atuou em obras dramáticas com os cineastas Federico Fellini, Marco Ferreri, Lina Wertmuller, Ermanno Olmi e Mario Monicelli. Em 1992, recebeu o Leão de Ouro pela Carreira durante a 49ª Mostra Internacional de Arte Cinematográfica de Veneza. (ANSA)
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