Resgate de banco mais antigo do mundo prevê 5,5 mil demissões
MILÃO, 5 JUL (ANSA) - O plano de reestruturação do banco italiano Monti dei Paschi di Siena (MPS), o mais antigo do mundo, prevê a demissão de 5,5 mil funcionários e o fechamento de 600 das 2000 filiais da entidade até 2021. O projeto foi divulgado nesta quarta-feira (5), um dia após a Comissão Europeia aprovar o plano de resgate da entidade, que está à beira da falência.
De acordo com o documento, está prevista "uma revisão do dimensionamento de todas as estruturas organizacionais do grupo" e o texto informa que a maior parte das demissões, cerca de 4,8 mil, serão feitas "através da ativação do Fundo de Solidariedade".
Apesar das demissões em massa, para o período entre 2017 e 2021, há a previsão de admitir 500 novos funcionários para áreas específicas, segundo o CEO do MPS, Marco Morelli.
Ontem, a Comissão Europeia aprovou o plano que prevê a injeção de 5,4 bilhões de euros pelo governo italiano para livrar o banco da falência, dos quais 3,9 bilhões serão aplicados em um aumento de capital, que dará ao Tesouro uma fatia de 70% da entidade. Ao todo, serão necessários cerca de 8,1 bilhões de euros para fazer o resgate.
Segundo o documento apresentado, o lucro líquido do MPS é estimado em 1,2 bilhão de euros para 2021, com um ROE de 10,7%.
Os analistas apontaram ainda que a alienação de 26,1 bilhões em créditos deteriorados, através de uma intervenção da Atlante, é o "resultado mais significativo" nesta operação.
- Entenda a crise: Fundado em 1472, na cidade toscana de Siena, o Monte dei Paschi vive há anos uma grave crise financeira que o deixou à beira da insolvência. A principal razão para isso é a elevada presença de créditos deteriorados - empréstimos que dificilmente serão pagos - em sua carteira. Outros bancos italianos vivem situação semelhante, mas o MPS é o mais exposto de todos, com um terço de seu portfólio tomado por ativos tóxicos. Há muitos motivos para o aumento do nível de créditos deteriorados na instituição, e uma delas é a crise econômica que atinge a Itália desde 2008. Com a piora do cenário financeiro e o crescimento do desemprego, muitas pessoas e empresas não conseguiram mais pagar as prestações dos empréstimos tomados, aumentando a inadimplência. No entanto essa situação também se explica pela negligência de dirigentes bancários que sempre usaram a amizade para fazer negócios, emprestando a companhias e políticos próximos quantias vultosas que dificilmente seriam restituídas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
De acordo com o documento, está prevista "uma revisão do dimensionamento de todas as estruturas organizacionais do grupo" e o texto informa que a maior parte das demissões, cerca de 4,8 mil, serão feitas "através da ativação do Fundo de Solidariedade".
Apesar das demissões em massa, para o período entre 2017 e 2021, há a previsão de admitir 500 novos funcionários para áreas específicas, segundo o CEO do MPS, Marco Morelli.
Ontem, a Comissão Europeia aprovou o plano que prevê a injeção de 5,4 bilhões de euros pelo governo italiano para livrar o banco da falência, dos quais 3,9 bilhões serão aplicados em um aumento de capital, que dará ao Tesouro uma fatia de 70% da entidade. Ao todo, serão necessários cerca de 8,1 bilhões de euros para fazer o resgate.
Segundo o documento apresentado, o lucro líquido do MPS é estimado em 1,2 bilhão de euros para 2021, com um ROE de 10,7%.
Os analistas apontaram ainda que a alienação de 26,1 bilhões em créditos deteriorados, através de uma intervenção da Atlante, é o "resultado mais significativo" nesta operação.
- Entenda a crise: Fundado em 1472, na cidade toscana de Siena, o Monte dei Paschi vive há anos uma grave crise financeira que o deixou à beira da insolvência. A principal razão para isso é a elevada presença de créditos deteriorados - empréstimos que dificilmente serão pagos - em sua carteira. Outros bancos italianos vivem situação semelhante, mas o MPS é o mais exposto de todos, com um terço de seu portfólio tomado por ativos tóxicos. Há muitos motivos para o aumento do nível de créditos deteriorados na instituição, e uma delas é a crise econômica que atinge a Itália desde 2008. Com a piora do cenário financeiro e o crescimento do desemprego, muitas pessoas e empresas não conseguiram mais pagar as prestações dos empréstimos tomados, aumentando a inadimplência. No entanto essa situação também se explica pela negligência de dirigentes bancários que sempre usaram a amizade para fazer negócios, emprestando a companhias e políticos próximos quantias vultosas que dificilmente seriam restituídas. (ANSA)
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