Berlim e Paris prometem ajudar mais Itália na crise migratória
TRIESTE, 12 JUL (ANSA) - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da França, Emmanuel Macron, reconheceram que precisam fazer mais para ajudar a Itália na gestão da crise migratória. A afirmação foi dada após uma reunião em Trieste com o premier italiano, Paolo Gentiloni, nesta quarta-feira (12).
"Queremos ser solidários com a Itália na política de imigrações.
A Itália tem feito um grande trabalho sobre os imigrantes e seremos solidários com a Itália. A Europa não pode ser só a Europa da economia, mas também a Europa que enfrenta junto todos os desafios", disse Merkel em uma coletiva de imprensa após o encontro.
Por sua vez, Macron reconheceu que "a França não fez sempre a sua parte no que se refere os refugiados" e que seu novo governo está "acelerando os processos e faremos nossa parte nessa luta".
Apesar de já estar marcada, a reunião entre os três líderes ocorre cerca de 24 horas depois da União Europeia aceitar revisar os trabalhos da Operação Triton, a força-tarefa responsável pelo resgate de deslocados no Mar Mediterrâneo.
Atualmente, as operações na costa italiana são feitas tanto pela Guarda Costeira do país, como por ONGs internacionais e pela União Europeia.
O anfitrião do encontro agradeceu a Merkel e Macron e disse que os três líderes concordaram sobre a "necessidade de ter uma União Europeia mais coesa e mais forte".
"A Itália fez e continuará a fazer a sua parte sobre o tema de socorro e do acolhimento, mas ao mesmo tempo luta para que a política migratória não seja confiada a apenas alguns países, mas seja compartilhada com toda a União Europeia", acrescentou.
Nas últimas semanas, o governo de Roma tem feito repetidos apelos solicitando auxílio da União Europeia para gerir a crise.
Isso porque, apesar de ter ocorrido uma diminuição no número de chegadas pelo Mediterrâneo na rota que leva até a Grécia, os portos italianos continuam a bater recordes no número de deslocados.
O fato ocorre porque, diferentemente da maioria síria e iraquiana que chega às ilhas gregas, a Itália recebe os imigrantes que vêm do norte da África.
"Todos devemos enfrentar a luta contra a migração ilegal, através da cooperação com a África, particularmente importante para zonas como o Níger e a Líbia", destacou ainda Merkel.
Um acordo europeu com os países africanos é um dos maiores pedidos dos italianos, que já chegou a finalizar acordos de maneira independente, mas que não surtiram muito efeito.
Segundo dados oficiais do Ministério do Interior da Itália, até esta quarta, o país recebeu 85.217 deslocados, uma alta de 8,9% na comparação com o ano passado, quando chegaram aos portos italianos 78.255 imigrantes. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Queremos ser solidários com a Itália na política de imigrações.
A Itália tem feito um grande trabalho sobre os imigrantes e seremos solidários com a Itália. A Europa não pode ser só a Europa da economia, mas também a Europa que enfrenta junto todos os desafios", disse Merkel em uma coletiva de imprensa após o encontro.
Por sua vez, Macron reconheceu que "a França não fez sempre a sua parte no que se refere os refugiados" e que seu novo governo está "acelerando os processos e faremos nossa parte nessa luta".
Apesar de já estar marcada, a reunião entre os três líderes ocorre cerca de 24 horas depois da União Europeia aceitar revisar os trabalhos da Operação Triton, a força-tarefa responsável pelo resgate de deslocados no Mar Mediterrâneo.
Atualmente, as operações na costa italiana são feitas tanto pela Guarda Costeira do país, como por ONGs internacionais e pela União Europeia.
O anfitrião do encontro agradeceu a Merkel e Macron e disse que os três líderes concordaram sobre a "necessidade de ter uma União Europeia mais coesa e mais forte".
"A Itália fez e continuará a fazer a sua parte sobre o tema de socorro e do acolhimento, mas ao mesmo tempo luta para que a política migratória não seja confiada a apenas alguns países, mas seja compartilhada com toda a União Europeia", acrescentou.
Nas últimas semanas, o governo de Roma tem feito repetidos apelos solicitando auxílio da União Europeia para gerir a crise.
Isso porque, apesar de ter ocorrido uma diminuição no número de chegadas pelo Mediterrâneo na rota que leva até a Grécia, os portos italianos continuam a bater recordes no número de deslocados.
O fato ocorre porque, diferentemente da maioria síria e iraquiana que chega às ilhas gregas, a Itália recebe os imigrantes que vêm do norte da África.
"Todos devemos enfrentar a luta contra a migração ilegal, através da cooperação com a África, particularmente importante para zonas como o Níger e a Líbia", destacou ainda Merkel.
Um acordo europeu com os países africanos é um dos maiores pedidos dos italianos, que já chegou a finalizar acordos de maneira independente, mas que não surtiram muito efeito.
Segundo dados oficiais do Ministério do Interior da Itália, até esta quarta, o país recebeu 85.217 deslocados, uma alta de 8,9% na comparação com o ano passado, quando chegaram aos portos italianos 78.255 imigrantes. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.