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EUA e Japão voltam a discutir ameaças da Coreia do Norte

30/08/2017 15h08

NOVA YORK, 30 AGO (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiu com o premier japonês, Shinzo Abe, as novas ameaças da Coreia do Norte, informou a Casa Branca nesta quarta-feira (30).   

Segundo a nota oficial, os dois líderes conversaram por telefone e reafirmaram a necessidade de uma cooperação sempre mais estreita para lidar com a tensa situação, que se agravou ainda mais com o lançamento de um míssil de médio alcance sobre o Japão há dois dias.   

A conversa foi feita menos de 24 horas depois da reunião extraordinária no Conselho de Segurança das Nações Unidas "condenar fortemente" o lançamento de Kim Jon-un e pedir que todos os Estados-membros "atuem plenamente, de modo rigoroso e veloz" as sanções impostas pela ONU recentemente.   

No entanto, a tensão não parece diminuir até mesmo pela postura de Trump. Através do Twitter, o presidente voltou a ameaçar o regime de Pyongyang e deu a entender que a diplomacia pode dar lugar para um conflito rapidamente.   

"Os EUA estão conversando com a Coreia do Norte e pagando dinheiro de extorsão por 25 anos. O diálogo não é a resposta", escreveu.   

Porém, pouco tempo depois, o chefe do Pentágono, James Mattis, desmentiu que seu país desistiu de continuar negociando e afirmou que "sempre levamos em conta as soluções diplomáticas".   

De acordo com Mattis, "continuaremos a trabalhar junto aos nossos aliados e com eles dividimos a responsabilidade e o dever de proteger os nossos países e os nossos povos".   

A tensão na península coreana aumenta a cada semana, com uma série de testes de mísseis por parte dos norte-coreanos e de exercícios militares conjuntos dos sul-coreanos e norte-americanos.   

Em uma nota oficial divulgada ontem (30), Kim Jong-un afirmou que o lançamento do míssil de médio alcance, o primeiro a sobrevoar uma região povoada de um país vizinho, era o "primeiro passo de uma ação militar" e um "prelúdio de Guam", referindo-se ao território dos Estados Unidos na Ásia. (ANSA)
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