SP terá novo protesto contra filas para cidadania italiana
SÃO PAULO, 26 SET (ANSA) - O Consulado Geral da Itália em São Paulo será palco, no próximo dia 12 de outubro, de uma manifestação para pedir mais agilidade nos processos de reconhecimento de cidadania.
O ato será similar ao ocorrido no dia 7 de abril, quando o protesto acabou esvaziado por causa da chuva e pelo fato de ter sido realizado na manhã de uma sexta-feira. Naquela ocasião, as manifestações também aconteceram em frente a outros consulados italianos na América Latina, mas desta vez o foco será São Paulo.
"Na manifestação do dia 7, infelizmente choveu, então ela foi muito prejudicada por esse fato. Achei que valeria a pena encontrar outro momento para se manifestar", explica o paulista radicado em Recife Daniel Taddone, um dos idealizadores da iniciativa.
O ato também é organizado por alguns membros do grupo "Cidadania Italiana - Área Livre", que reúne mais de 100 mil pessoas no Facebook, e contará com apoio logístico do partido Movimento Associativo Italianos no Exterior (Maie).
Segundo Taddone, coordenador do Maie no Nordeste, o principal item da pauta será o destino da taxa de 300 euros que cada adulto precisa pagar pelo processo de cidadania nos consulados.
O valor foi instituído em 2014, com a justificativa de aumentar os recursos das representações diplomáticas, mas até hoje não foi revertido para a rede consular.
"O ânimo principal da manifestação é a questão dos 300 euros.
Isso resolveria não só as filas, mas também um monte de outras coisas", explica Taddone, que desde os atos de abril já queria realizar um protesto em um feriado - de preferência, em uma data na qual o consulado de São Paulo operasse, como é o caso de 12 de outubro.
"A ideia é concentrar esse descontentamento em São Paulo e ser um pouco mais incisivo na reclamação principal da manifestação, que é o não retorno dos 300 euros pagos pelas pessoas que fazem o pedido de cidadania", afirma o organizador, que pretende reunir pelo menos 200 pessoas, se aproveitando do dia festivo e de uma Avenida Paulista fechada para carros.
Parte dos manifestantes deve viajar a São Paulo de ônibus a partir de outras cidades do estado, com o transporte pago pelo Maie. "Queremos trazer pessoas de outros locais para não ficar uma coisa estritamente paulistana", salienta Taddone, fazendo a ressalva de que a organização do protesto é independente do partido.
Atualmente, a fila de espera para reconhecimento da cidadania italiana em São Paulo é de 12 anos, ou seja, foram chamadas em 2017 pessoas que estão esperando desde 2005. Uma emenda à Lei Orçamentária da Itália prevê a destinação de cerca de um terço da taxa de 300 euros à rede consular, mas a transferência dos recursos segue travada.
Outro lado - Em abril, na época dos primeiros protestos, o cônsul-geral em São Paulo, Michele Pala, disse à ANSA que reconhecia a legitimidade das manifestações, porém ressaltou que o Consulado atua em seu limite.
"Entendo a frustração de quem tem de esperar, mas é importante ficar claro que o Consulado está fazendo o possível, os funcionários já têm uma produtividade muito alta, mas não à altura de enfrentar um atraso que tem razões históricas", acrescentou Pala na ocasião.
O cônsul-geral ainda lembrou que as representações precisam atender aqueles que já são cidadãos italianos, número que, contabilizando apenas os inscritos na sede paulista, ultrapassa as 200 mil pessoas - menos de 20 municípios na Itália possuem populações superiores a essa.
"O consulado vai fazer o possível para diminuir o tempo de espera, mas, no momento, não tenho recursos para poder fazer uma redução significativa", afirmou Pala, ressaltando que o destino da taxa de 300 euros não depende dos consulados. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O ato será similar ao ocorrido no dia 7 de abril, quando o protesto acabou esvaziado por causa da chuva e pelo fato de ter sido realizado na manhã de uma sexta-feira. Naquela ocasião, as manifestações também aconteceram em frente a outros consulados italianos na América Latina, mas desta vez o foco será São Paulo.
"Na manifestação do dia 7, infelizmente choveu, então ela foi muito prejudicada por esse fato. Achei que valeria a pena encontrar outro momento para se manifestar", explica o paulista radicado em Recife Daniel Taddone, um dos idealizadores da iniciativa.
O ato também é organizado por alguns membros do grupo "Cidadania Italiana - Área Livre", que reúne mais de 100 mil pessoas no Facebook, e contará com apoio logístico do partido Movimento Associativo Italianos no Exterior (Maie).
Segundo Taddone, coordenador do Maie no Nordeste, o principal item da pauta será o destino da taxa de 300 euros que cada adulto precisa pagar pelo processo de cidadania nos consulados.
O valor foi instituído em 2014, com a justificativa de aumentar os recursos das representações diplomáticas, mas até hoje não foi revertido para a rede consular.
"O ânimo principal da manifestação é a questão dos 300 euros.
Isso resolveria não só as filas, mas também um monte de outras coisas", explica Taddone, que desde os atos de abril já queria realizar um protesto em um feriado - de preferência, em uma data na qual o consulado de São Paulo operasse, como é o caso de 12 de outubro.
"A ideia é concentrar esse descontentamento em São Paulo e ser um pouco mais incisivo na reclamação principal da manifestação, que é o não retorno dos 300 euros pagos pelas pessoas que fazem o pedido de cidadania", afirma o organizador, que pretende reunir pelo menos 200 pessoas, se aproveitando do dia festivo e de uma Avenida Paulista fechada para carros.
Parte dos manifestantes deve viajar a São Paulo de ônibus a partir de outras cidades do estado, com o transporte pago pelo Maie. "Queremos trazer pessoas de outros locais para não ficar uma coisa estritamente paulistana", salienta Taddone, fazendo a ressalva de que a organização do protesto é independente do partido.
Atualmente, a fila de espera para reconhecimento da cidadania italiana em São Paulo é de 12 anos, ou seja, foram chamadas em 2017 pessoas que estão esperando desde 2005. Uma emenda à Lei Orçamentária da Itália prevê a destinação de cerca de um terço da taxa de 300 euros à rede consular, mas a transferência dos recursos segue travada.
Outro lado - Em abril, na época dos primeiros protestos, o cônsul-geral em São Paulo, Michele Pala, disse à ANSA que reconhecia a legitimidade das manifestações, porém ressaltou que o Consulado atua em seu limite.
"Entendo a frustração de quem tem de esperar, mas é importante ficar claro que o Consulado está fazendo o possível, os funcionários já têm uma produtividade muito alta, mas não à altura de enfrentar um atraso que tem razões históricas", acrescentou Pala na ocasião.
O cônsul-geral ainda lembrou que as representações precisam atender aqueles que já são cidadãos italianos, número que, contabilizando apenas os inscritos na sede paulista, ultrapassa as 200 mil pessoas - menos de 20 municípios na Itália possuem populações superiores a essa.
"O consulado vai fazer o possível para diminuir o tempo de espera, mas, no momento, não tenho recursos para poder fazer uma redução significativa", afirmou Pala, ressaltando que o destino da taxa de 300 euros não depende dos consulados. (ANSA)
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