Governo italiano quer extradição de Battisti do Brasil
ROMA, 5 OUT (ANSA) - O governo italiano confirmou nesta quinta-feira (5) seu desejo de obter do Brasil a extradição de Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na itália e detido ontem (4) na fronteira brasileira com a Bolívia.
Em uma publicação no Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, afirmou que vai trabalhar para conseguir a extradição do italiano. "Hoje trabalhamos com o embaixador [italiano no Brasil, Antonio] Bernardini para trazer Battisti de volta à Itália e entregá-lo à justiça. Continuamos trabalhando com as autoridades brasileiras", escreveu.
Detido pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (4) por suspeita de evasão de divisas, o italiano Cesare Battisti passou a noite em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde prestou depoimento às autoridades até por volta de 22h30.
Battisti, que prestou "esclarecimentos relativos a evasão de divisas", quando uma pessoa envia valores para o exterior sem declará-los à autoridade competente, será levado a uma audiência de custódia na Justiça Federal nesta quinta-feira (5) para decidir se o italiano poderá ser libertado mediante ao pagamento de fiança.
Procurado pela ANSA, o advogado do italiano, Igor Sant'Anna Tamasauskas, reconheceu que ainda "não está claro" o motivo da tentativa de viagem de Battisti à Bolívia. Ele ainda afirmou que tomará "todas as providências cabíveis" para libertar seu cliente, detido na fronteira entre Brasil e Bolívia, com mais de R$10 mil em espécie.
"Em relação à detenção realizada pela Polícia Federal, a defesa de Cesare Battisti vem a público informar que está obtendo informações oficiais sobre os motivos que levaram a esta medida e que tomará todas as providências cabíveis a fim de demonstrar a inexistência de fundamentos para a detenção realizada", diz uma nota de Tamasauskas.
Pelas normas da Receita Federal, o limite para saída de recursos do país sem necessidade de declaração é de R$ 10 mil. Battisti foi abordado primeiro pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em um taxi boliviano com mais dois passageiros. Como tratava-se de região de fronteira, os agentes acionaram a PF, que interceptou o italiano em um táxi boliviano.
Na semana passada, sua defesa entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma eventual extradição à Itália, após a revelação de que o governo do país europeu fizera um pedido sigiloso para o presidente Michel Temer rever o asilo político concedido por Luiz Inácio Lula da Silva em 2010.
Membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) na década de 1970, Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por "terrorismo" e envolvimento em quatro assassinatos cometidos durante os "anos de chumbo", período de intensa atividade de grupos de extrema direita e extrema esquerda na península.
Para escapar da cadeia, ele se mudou para a França, mas fugiu quando teve sua extradição autorizada. De lá, viajou para o México e, em seguida, ao Brasil, onde foi preso em 2007, no Rio de Janeiro. O STF também chegou a autorizar sua expulsão, mas Lula, no último dia de seu segundo mandato, deu permissão para Battisti ficar no país.
O italiano alega inocência dos crimes pelos quais foi condenado e diz ser vítima de perseguição política. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Em uma publicação no Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, afirmou que vai trabalhar para conseguir a extradição do italiano. "Hoje trabalhamos com o embaixador [italiano no Brasil, Antonio] Bernardini para trazer Battisti de volta à Itália e entregá-lo à justiça. Continuamos trabalhando com as autoridades brasileiras", escreveu.
Detido pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (4) por suspeita de evasão de divisas, o italiano Cesare Battisti passou a noite em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde prestou depoimento às autoridades até por volta de 22h30.
Battisti, que prestou "esclarecimentos relativos a evasão de divisas", quando uma pessoa envia valores para o exterior sem declará-los à autoridade competente, será levado a uma audiência de custódia na Justiça Federal nesta quinta-feira (5) para decidir se o italiano poderá ser libertado mediante ao pagamento de fiança.
Procurado pela ANSA, o advogado do italiano, Igor Sant'Anna Tamasauskas, reconheceu que ainda "não está claro" o motivo da tentativa de viagem de Battisti à Bolívia. Ele ainda afirmou que tomará "todas as providências cabíveis" para libertar seu cliente, detido na fronteira entre Brasil e Bolívia, com mais de R$10 mil em espécie.
"Em relação à detenção realizada pela Polícia Federal, a defesa de Cesare Battisti vem a público informar que está obtendo informações oficiais sobre os motivos que levaram a esta medida e que tomará todas as providências cabíveis a fim de demonstrar a inexistência de fundamentos para a detenção realizada", diz uma nota de Tamasauskas.
Pelas normas da Receita Federal, o limite para saída de recursos do país sem necessidade de declaração é de R$ 10 mil. Battisti foi abordado primeiro pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em um taxi boliviano com mais dois passageiros. Como tratava-se de região de fronteira, os agentes acionaram a PF, que interceptou o italiano em um táxi boliviano.
Na semana passada, sua defesa entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma eventual extradição à Itália, após a revelação de que o governo do país europeu fizera um pedido sigiloso para o presidente Michel Temer rever o asilo político concedido por Luiz Inácio Lula da Silva em 2010.
Membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) na década de 1970, Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por "terrorismo" e envolvimento em quatro assassinatos cometidos durante os "anos de chumbo", período de intensa atividade de grupos de extrema direita e extrema esquerda na península.
Para escapar da cadeia, ele se mudou para a França, mas fugiu quando teve sua extradição autorizada. De lá, viajou para o México e, em seguida, ao Brasil, onde foi preso em 2007, no Rio de Janeiro. O STF também chegou a autorizar sua expulsão, mas Lula, no último dia de seu segundo mandato, deu permissão para Battisti ficar no país.
O italiano alega inocência dos crimes pelos quais foi condenado e diz ser vítima de perseguição política. (ANSA)
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