Suprema Corte mantém eleições presidenciais no Quênia
NAIRÓBI, 25 OUT (ANSA) - O Supremo Tribunal do Quênia adiou nesta quarta-feira (25) a decisão sobre um recurso apresentado por três cidadãos contra a repetição das eleições, agendadas para amanhã (26), devido à ausência de cinco de seus sete juízes.
A medida foi anunciada pelo presidente da Corte, David Maraga, que afirmou não ter quórum para analisar o caso até quinta-feira (26).A decisão mantém as eleições presidenciais no país.
Segundo ele, um dos juízes do tribunal está doente, outro não conseguiu embarcar em um avião para viajar a Nairóbi, dois "não conseguiram chegar ao tribunal" e a número dois do Supremo, Philomena Mwilu, não poderia comparecer depois que seu segurança e seu motorista foram baleados nesta terça-feira (24).
A decisão provocou protestos em boa parte do país, como na cidade de Kisumu, onde centenas de pessoas se manifestam contra a Comissão Eleitoral. Os militantes bloquearam as estradas da região com pneus incendiados.
O recurso foi apresentado por três ativistas dos direitos humanos, que desejam o adiamento das eleições porque consideram que o Quênia e sua Comissão Eleitoral não estão preparados para organizar a votação.
De acordo com o jornal "Daily Nation", o presidente do país, Uhuru Kenyatta, afirmou que não concorda com este recurso. Ele alega que o tribunal não poderia revisar sua própria decisão, em referência à anulação dos resultados do pleito presidencial de 8 de agosto e à ordem de realizar eleições em 60 dias.
Por sua vez, o líder da oposição queniana, Raila Odinga, fez um apelo para os eleitores boicotarem a votação presidencial.
Histórico No dia 1 de setembro, as eleições as quais elegeram para um novo mandato o atual líder do país, Uhuru Kenyatta, foram canceladas por "não acontecerem de acordo com a Constituição", informou o líder da Corte, o juiz Maraga.
Na ocasião, ele ressatou que Kenyatta "não fora eleito e declarado presidente de maneira válida". O tribunal ainda citou irregularidades no processo e na transmissão dos resultados e determinou que outro pleito fosse realizado em até 60 dias.
A decisão foi comemorada pela oposição, já que foi a primeira vez que uma votação presidencial foi invalidada na África.
Kenyatta está no cargo desde 2013. Ele foi declarado vitorioso com 54% dos votos, contra 44% de seu opositor Odinga. Após o resultado ser divulgado, o país registrou dois dias de protestos e violência, que deixou pelo menos 21 mortos. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A medida foi anunciada pelo presidente da Corte, David Maraga, que afirmou não ter quórum para analisar o caso até quinta-feira (26).A decisão mantém as eleições presidenciais no país.
Segundo ele, um dos juízes do tribunal está doente, outro não conseguiu embarcar em um avião para viajar a Nairóbi, dois "não conseguiram chegar ao tribunal" e a número dois do Supremo, Philomena Mwilu, não poderia comparecer depois que seu segurança e seu motorista foram baleados nesta terça-feira (24).
A decisão provocou protestos em boa parte do país, como na cidade de Kisumu, onde centenas de pessoas se manifestam contra a Comissão Eleitoral. Os militantes bloquearam as estradas da região com pneus incendiados.
O recurso foi apresentado por três ativistas dos direitos humanos, que desejam o adiamento das eleições porque consideram que o Quênia e sua Comissão Eleitoral não estão preparados para organizar a votação.
De acordo com o jornal "Daily Nation", o presidente do país, Uhuru Kenyatta, afirmou que não concorda com este recurso. Ele alega que o tribunal não poderia revisar sua própria decisão, em referência à anulação dos resultados do pleito presidencial de 8 de agosto e à ordem de realizar eleições em 60 dias.
Por sua vez, o líder da oposição queniana, Raila Odinga, fez um apelo para os eleitores boicotarem a votação presidencial.
Histórico No dia 1 de setembro, as eleições as quais elegeram para um novo mandato o atual líder do país, Uhuru Kenyatta, foram canceladas por "não acontecerem de acordo com a Constituição", informou o líder da Corte, o juiz Maraga.
Na ocasião, ele ressatou que Kenyatta "não fora eleito e declarado presidente de maneira válida". O tribunal ainda citou irregularidades no processo e na transmissão dos resultados e determinou que outro pleito fosse realizado em até 60 dias.
A decisão foi comemorada pela oposição, já que foi a primeira vez que uma votação presidencial foi invalidada na África.
Kenyatta está no cargo desde 2013. Ele foi declarado vitorioso com 54% dos votos, contra 44% de seu opositor Odinga. Após o resultado ser divulgado, o país registrou dois dias de protestos e violência, que deixou pelo menos 21 mortos. (ANSA)
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