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Papa denuncia massacre contra mulheres em oração por Sudão

23/11/2017 17h34

CIDADE DO VATICANO, 23 NOV (ANSA) - O papa Francisco denunciou nesta quinta-feira (23), em audiência no Vaticano, os "massacres" de mulheres e crianças por causa da guerra durante oração pela paz em prol do Sudão do Sul e da República Democrática do Congo.   

"[Deus] Salve as crianças que sofrem por causa de conflitos, a que são alheias, mas que têm a infância roubada e, às vezes, a própria vida. Que grande hipocrisia é negar os massacres de mulheres e crianças! Nisto se mostra o rosto mais horrível da guerra", declarou o Pontífice na Basílica de São Pedro.   

"Socorra as mulheres vitimas de violência nas zonas de guerra e em todas as partes do mundo", rezou o Santo Padre, pedindo também que o "Senhor ajude todos os pequeninos e os pobres do mundo a continuarem a crer e esperar o Reino de Deus, que é justiça, paz e alegria".   

Segundo Jorge Mario Bergoglio, a oração foi um momento para enviar "sementes de paz" no Sudão do Sul, República Democrática do Congo e "todas as terras feridas pela guerra".   

Durante a oração, o Papa relembrou os "pecados que geram e fomentam as guerras, como o orgulho, a avareza, a ganância do poder, a mentira". "Que o Senhor ressuscitado derrube os muros da inimizade que hoje dividem os irmãos", ressaltou.   

O líder da Igreja Católica ainda revelou que havia decidido "fazer uma visita" ao Sudão do Sul, mas na foi possível. No entanto, a "oração é mais importante, porque é mais forte. Ela atua com a força de Deus, para quem nada é impossível".   

Além disso, o papa Francisco fez um apelo ao diálogo e negociação, pedindo às comunidades que promovam "gestos e palavras de fraternidade, respeito, encontro e solidariedade".   

Na bênção final, o Pontífice abençoou duas imagens da Virgem Maria, que vão ser oferecidas aos católicos dos dois países. Em setembro, os bispos do Sudão do Sul afirmaram que a guerra civil que prossegue no país mostra um "total desprezo pela vida humana" e lembram as populações civis que estão "prisioneiras" deste clima de violência e destruição. (ANSA)
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