Itália faz eventos para alertar sobre violência contra mulher
ROMA, 25 NOV (ANSA) - No Dia da Não-Violência contra a Mulher, celebrado neste sábado (25) em todo o mundo, a Itália está realizando uma série de eventos para alertar sobre os casos de feminicídio e para conscientizar a sociedade sobre o tema.
Segundo um relatório divulgado pelo Eures nesta semana, o país já registra 114 assassinatos de mulheres nos 10 primeiros meses do ano, sendo que mais de 75% deles ocorreram em ambientes familiares ou afetivos.
"Erra quem pensa que a violência seja uma questão que atinge exclusivamente as mulheres. Não, atinge todo o país e machuca toda a nossa comunidade. Então, se quisermos fazer algo sério, não pode existir apenas a resposta das vítimas ou de outras mulheres, como acontece na maioria da vezes hoje: são sempre as mulheres que se rebelam, que protestam ou promovem mobilizações", disse a presidente da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini.
O Parlamento italiano está realizando hoje uma sessão especial voltada para elas, com a presença de mais de 1,4 mil mulheres.
Segundo Boldrini, "a metade das mulheres que são mortas no planeta, são mortas por feminicídio". "São mortas porque são mulheres e pelas mãos de quem deveria amá-las. Na Itália, uma é morta a cada dois dias e meio. Isso é dado do Istat [Instituto Italiano de Estatísticas] e é assustador", acrescentou Boldrini.
Além da representante política, diversas vítimas de violência familiar fizeram pronunciamentos. Entre elas, estavam ex-esposas que sofriam violência dos ex-maridos e mães de vítimas de feminicídio, como a mãe de Sara Di Pietrantonio, Concetta Raccuia. A jovem de 22 anos foi estrangulada e carbonizada em 2016 porque o ex-namorado não aceitava o fim do relacionamento.
Após a sessão na Câmara, a líder levou um grupo de representates para uma reunião com o presidente da Itália, Sergio Mattarella.
Já o premier do país, Paolo Gentiloni, usou as redes sociais para pedir o fim dos casos de violência contra a mulher.
"A Itália civil se uma para dizer um chega para a vergonha da violência contra as mulheres", destacou.
No país, haverá várias manifestações, sendo que a principal delas ocorrerá em Roma. A ação "Nem uma a menos" propõe um plano para "uma mudança estrutural" no mundo escolar, na saúde, no trabalho, na justiça e na imprensa.
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo um relatório divulgado pelo Eures nesta semana, o país já registra 114 assassinatos de mulheres nos 10 primeiros meses do ano, sendo que mais de 75% deles ocorreram em ambientes familiares ou afetivos.
"Erra quem pensa que a violência seja uma questão que atinge exclusivamente as mulheres. Não, atinge todo o país e machuca toda a nossa comunidade. Então, se quisermos fazer algo sério, não pode existir apenas a resposta das vítimas ou de outras mulheres, como acontece na maioria da vezes hoje: são sempre as mulheres que se rebelam, que protestam ou promovem mobilizações", disse a presidente da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini.
O Parlamento italiano está realizando hoje uma sessão especial voltada para elas, com a presença de mais de 1,4 mil mulheres.
Segundo Boldrini, "a metade das mulheres que são mortas no planeta, são mortas por feminicídio". "São mortas porque são mulheres e pelas mãos de quem deveria amá-las. Na Itália, uma é morta a cada dois dias e meio. Isso é dado do Istat [Instituto Italiano de Estatísticas] e é assustador", acrescentou Boldrini.
Além da representante política, diversas vítimas de violência familiar fizeram pronunciamentos. Entre elas, estavam ex-esposas que sofriam violência dos ex-maridos e mães de vítimas de feminicídio, como a mãe de Sara Di Pietrantonio, Concetta Raccuia. A jovem de 22 anos foi estrangulada e carbonizada em 2016 porque o ex-namorado não aceitava o fim do relacionamento.
Após a sessão na Câmara, a líder levou um grupo de representates para uma reunião com o presidente da Itália, Sergio Mattarella.
Já o premier do país, Paolo Gentiloni, usou as redes sociais para pedir o fim dos casos de violência contra a mulher.
"A Itália civil se uma para dizer um chega para a vergonha da violência contra as mulheres", destacou.
No país, haverá várias manifestações, sendo que a principal delas ocorrerá em Roma. A ação "Nem uma a menos" propõe um plano para "uma mudança estrutural" no mundo escolar, na saúde, no trabalho, na justiça e na imprensa.
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999. (ANSA)
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