Papa celebra missa histórica para 150 mil pessoas em Myanmar
YANGON, 29 NOV (ANSA) - Em seu terceiro dia de viagem em Myanmar, o papa Francisco celebrou a primeira missa de um líder católico da história do país, que reuniu 150 mil pessoas, e falou sobre as "divisões" que existem por lá. Apesar de não citar a palavra "rohingya", a minoria muçulmana que é duramente perseguida por militares, o Pontífice falou sobre o processo de reunificação.
"Sei que muitos em Myanmar carregam as feridas da violência, sejam as visíveis ou invisíveis. A tentação é de responder a essas lesões com uma sabedoria mundana, que é profundamente viciada. Pensamos que a cura poderá vir da raiva e da vingança.
Todavia, a vingança não é o caminho de Jesus", disse durante a homilia.
Segundo Jorge Mario Bergoglio, Jesus Cristo "não ensinou com longos discursos ou mediante grandes demonstrações de poder político e terreno, mas dando sua vida na cruz".
Ele ainda elogiou as atividades da pequena comunidade católica no país, que tem maioria budista, e destacou que viu "sinais claros que , mesmo com meios limitados, muitas comunidades proclamam o Evangelho para outras minorias tribais sem nunca forçá-los ou obrigar, mas sempre convidando e acolhendo".
Durante o sermão, ele citou como exemplo positivo de atuação em Myanmar a ONG Karuna, a Caritas nacional, que é muito ativa, entre outras coisas, na assistência e ajuda à minoria rohingya - tanto no país como em Bangladesh, para onde fogem os muçulmanos.
Essa foi a primeira e única missa do Papa em território local, que foi celebrada em latim, italiano e em birmanês. Já as leituras dos fiéis usaram algumas das 130 línguas das etnias do país, como o shan, chin, tamil, karen, kachin e kayan.
- Encontro com budistas: No penúltimo dia de sua viagem a Myanmar, o líder católico ainda almoçou no arcebispado da cidade e terá um encontro com o Conselho Supremo Sangha, dos monges budistas do país, no Kaba Aye Centre, local-símbolo do budismo Theravada.
O encontro também terá a presença do ministro para Assuntos Religiosos, Thura U Aung Ko. O budismo é a religião majoritária, sendo a religião e a supremacia da etnia birmanesa tendo sido impostos pela longa ditadura militar que durou entre 1962 e 2015.
Depois do encontro, o Pontífice se encontrará com os bispos católicos no arcebispado de Yangon e haverá ainda uma reunião com cerca de 30 jesuítas que atuam na região. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Sei que muitos em Myanmar carregam as feridas da violência, sejam as visíveis ou invisíveis. A tentação é de responder a essas lesões com uma sabedoria mundana, que é profundamente viciada. Pensamos que a cura poderá vir da raiva e da vingança.
Todavia, a vingança não é o caminho de Jesus", disse durante a homilia.
Segundo Jorge Mario Bergoglio, Jesus Cristo "não ensinou com longos discursos ou mediante grandes demonstrações de poder político e terreno, mas dando sua vida na cruz".
Ele ainda elogiou as atividades da pequena comunidade católica no país, que tem maioria budista, e destacou que viu "sinais claros que , mesmo com meios limitados, muitas comunidades proclamam o Evangelho para outras minorias tribais sem nunca forçá-los ou obrigar, mas sempre convidando e acolhendo".
Durante o sermão, ele citou como exemplo positivo de atuação em Myanmar a ONG Karuna, a Caritas nacional, que é muito ativa, entre outras coisas, na assistência e ajuda à minoria rohingya - tanto no país como em Bangladesh, para onde fogem os muçulmanos.
Essa foi a primeira e única missa do Papa em território local, que foi celebrada em latim, italiano e em birmanês. Já as leituras dos fiéis usaram algumas das 130 línguas das etnias do país, como o shan, chin, tamil, karen, kachin e kayan.
- Encontro com budistas: No penúltimo dia de sua viagem a Myanmar, o líder católico ainda almoçou no arcebispado da cidade e terá um encontro com o Conselho Supremo Sangha, dos monges budistas do país, no Kaba Aye Centre, local-símbolo do budismo Theravada.
O encontro também terá a presença do ministro para Assuntos Religiosos, Thura U Aung Ko. O budismo é a religião majoritária, sendo a religião e a supremacia da etnia birmanesa tendo sido impostos pela longa ditadura militar que durou entre 1962 e 2015.
Depois do encontro, o Pontífice se encontrará com os bispos católicos no arcebispado de Yangon e haverá ainda uma reunião com cerca de 30 jesuítas que atuam na região. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.