Movimento 'MeToo' chega à China, mas é censurado
SÃO PAULO, 31 JAN (ANSA) - O governo da China estaria agindo para evitar que o movimento "Me Too", que denuncia abusos e assédio sexual, ganhe espaço no país, de acordo com relatos de ativistas locais.
Recentemente, acadêmicos chineses foram demitidos de seus cargos por envolvimento em crimes sexuais, o que incentivou as mulheres do país a adedirem ao "Me Too", movimento criado nos Estados Unidos em meio às polêmicas de Hollywood. Mas o governo chinês estaria impedindo o crescimento da campanha, postagens que tenham como conteúdo relacionado a denúncias de assédio ou abuso sexual. Diversas ativistas perceberam a censura, como a especialista em feminismo Leta Hong Fincher. Em uma declaração ao jornal "The Telegraph", ela aponta que "o Partido Comunista está aterrorizado com as proporções virais do #MeToo entre as universidades chinesas". Atualmente, a China é comandada pelo Partido Comunista - conhecido por censurar diversos assuntos no país, como "democracia", "corrupção", "pornografia", "independência do Tibete" e "independência de Taiwan", dentre outras temáticas sensíveis. Os meios de comunicação que divulgam essas informações também são notificados. Outras ativistas informaram que mais de 10 universidades chinesas foram alertadas a não atrair tanta atenção às denúncias das alunas. O movimento contra o assédio ganhou força na China quando dois professores da Universidade de Beijing foram acusados de abuso. Quem apresentou as denúncias foi a engenheira de software Luo Qianqian, ao publicar em seu blog uma acusação de abuso sexual cometido pelo professor Chen Xiaowu. O professor Xue Yuan também foi acusado de moléstia pelo mesmo site. Quando o #MeToo emergiu nos Estados Unidos, alguns veículos chineses apontaram que os casos de abuso cometidos pelo produtor Harvey Weinstein eram "diferenças culturais", e que, na China, tais atos não necessariamente seriam considerados como violência sexual. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Recentemente, acadêmicos chineses foram demitidos de seus cargos por envolvimento em crimes sexuais, o que incentivou as mulheres do país a adedirem ao "Me Too", movimento criado nos Estados Unidos em meio às polêmicas de Hollywood. Mas o governo chinês estaria impedindo o crescimento da campanha, postagens que tenham como conteúdo relacionado a denúncias de assédio ou abuso sexual. Diversas ativistas perceberam a censura, como a especialista em feminismo Leta Hong Fincher. Em uma declaração ao jornal "The Telegraph", ela aponta que "o Partido Comunista está aterrorizado com as proporções virais do #MeToo entre as universidades chinesas". Atualmente, a China é comandada pelo Partido Comunista - conhecido por censurar diversos assuntos no país, como "democracia", "corrupção", "pornografia", "independência do Tibete" e "independência de Taiwan", dentre outras temáticas sensíveis. Os meios de comunicação que divulgam essas informações também são notificados. Outras ativistas informaram que mais de 10 universidades chinesas foram alertadas a não atrair tanta atenção às denúncias das alunas. O movimento contra o assédio ganhou força na China quando dois professores da Universidade de Beijing foram acusados de abuso. Quem apresentou as denúncias foi a engenheira de software Luo Qianqian, ao publicar em seu blog uma acusação de abuso sexual cometido pelo professor Chen Xiaowu. O professor Xue Yuan também foi acusado de moléstia pelo mesmo site. Quando o #MeToo emergiu nos Estados Unidos, alguns veículos chineses apontaram que os casos de abuso cometidos pelo produtor Harvey Weinstein eram "diferenças culturais", e que, na China, tais atos não necessariamente seriam considerados como violência sexual. (ANSA)
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