Italianos desaparecem 'misteriosamente' no México
CIDADE DO MÉXICO, 27 FEV (ANSA) - O misterioso desaparecimento de três italianos no México está perto de completar um mês ainda sem solução, em um caso que levanta questionamentos sobre as ligações entre a polícia local e o crime organizado.
Originários de Nápoles, no sul da Itália, o vendedor ambulante Raffaele Russo, seu filho Antonio Russo e seu sobrinho Vincenzo Cimmino sumiram no último dia 31 de janeiro, em Tecalitlán, cidade situada no estado de Jalisco.
O primeiro a desaparecer, às 15h, foi Raffaele, 60 anos. Duas horas depois, segundo o relato dos parentes, sumiram Antonio, 25, e Vincenzo, 29. Os dois mais jovens, não conseguindo falar com Raffaele por telefone, foram até o último local assinalado pelo GPS do carro alugado pelo ambulante.
Em seguida, eles pararam em um posto de gasolina e teriam sido abordados por "diversos policiais". Raffaele vive no México há vários anos e trabalha vendendo produtos de comerciantes chineses comprados em Nápoles. Antonio e Vincenzo haviam chegado ao país latino cinco dias antes de seu desaparecimento.
Até o momento, quatro policiais foram indiciados (três homens e uma mulher), acusados de terem sequestrado os três italianos e os vendido para uma organização criminosa de Tecalitlán. Os agentes ficarão pelo menos um ano em prisão preventiva.
No entanto, ainda não há pistas de onde estariam as vítimas.
"Nossos familiares foram vendidos por 43 euros [R$ 171] a um grupo criminoso, pouco mais de 14 euros por pessoa. Estamos muito irritados. Que as autoridades italianas se movam para entender o que aconteceu", cobrou, em entrevista à ANSA, Gino Bergamè, porta-voz dos parentes.
Outros três policiais estariam sendo procurados pelas autoridades, incluindo o delegado responsável pelos quatro agentes já indiciados, que está foragido. Contudo, os detalhes do desaparecimento continuam envoltos em mistério.
Raffaele Russo era chamado no México de "Carlos López" e tem antecedentes criminais na Itália por fraude. Ele vendia geradores elétricos supostamente alemães, mas que eram fabricados na China.
A escalada da violência no México tem levado ao desaparecimento de inúmeras pessoas, em um país que vive sob a influência e o poder do narcotráfico. Mas, até então, as vítimas de sumiços misteriosos eram sobretudo mexicanos.
Em Nápoles, o caso provocou indignação e motivou uma marcha de familiares no último fim de semana, com críticas à polícia do país latino. Além disso, a torcida do Napoli levou para o Estádio San Paolo uma faixa com os dizeres: "Libertem os napolitanos no México".
A família também nega que Raffaele, Antonio e Vincenzo tenham ligação com as redes mafiosas de Nápoles. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Originários de Nápoles, no sul da Itália, o vendedor ambulante Raffaele Russo, seu filho Antonio Russo e seu sobrinho Vincenzo Cimmino sumiram no último dia 31 de janeiro, em Tecalitlán, cidade situada no estado de Jalisco.
O primeiro a desaparecer, às 15h, foi Raffaele, 60 anos. Duas horas depois, segundo o relato dos parentes, sumiram Antonio, 25, e Vincenzo, 29. Os dois mais jovens, não conseguindo falar com Raffaele por telefone, foram até o último local assinalado pelo GPS do carro alugado pelo ambulante.
Em seguida, eles pararam em um posto de gasolina e teriam sido abordados por "diversos policiais". Raffaele vive no México há vários anos e trabalha vendendo produtos de comerciantes chineses comprados em Nápoles. Antonio e Vincenzo haviam chegado ao país latino cinco dias antes de seu desaparecimento.
Até o momento, quatro policiais foram indiciados (três homens e uma mulher), acusados de terem sequestrado os três italianos e os vendido para uma organização criminosa de Tecalitlán. Os agentes ficarão pelo menos um ano em prisão preventiva.
No entanto, ainda não há pistas de onde estariam as vítimas.
"Nossos familiares foram vendidos por 43 euros [R$ 171] a um grupo criminoso, pouco mais de 14 euros por pessoa. Estamos muito irritados. Que as autoridades italianas se movam para entender o que aconteceu", cobrou, em entrevista à ANSA, Gino Bergamè, porta-voz dos parentes.
Outros três policiais estariam sendo procurados pelas autoridades, incluindo o delegado responsável pelos quatro agentes já indiciados, que está foragido. Contudo, os detalhes do desaparecimento continuam envoltos em mistério.
Raffaele Russo era chamado no México de "Carlos López" e tem antecedentes criminais na Itália por fraude. Ele vendia geradores elétricos supostamente alemães, mas que eram fabricados na China.
A escalada da violência no México tem levado ao desaparecimento de inúmeras pessoas, em um país que vive sob a influência e o poder do narcotráfico. Mas, até então, as vítimas de sumiços misteriosos eram sobretudo mexicanos.
Em Nápoles, o caso provocou indignação e motivou uma marcha de familiares no último fim de semana, com críticas à polícia do país latino. Além disso, a torcida do Napoli levou para o Estádio San Paolo uma faixa com os dizeres: "Libertem os napolitanos no México".
A família também nega que Raffaele, Antonio e Vincenzo tenham ligação com as redes mafiosas de Nápoles. (ANSA)
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