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UE falará com Brasil e EUA sobre caso da Embraco na Itália

28/02/2018 09h39

BRUXELAS, 28 FEV (ANSA) - O presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani, anunciou que pretnde falar hoje (28), por telefone, com o governo do Brasil e com a direção da Whirlpool para tentar chegar a um acordo sobre a polêmica transferência da subsidiária brasileira Embraco na Itália. "Hoje ligarei para o ministro da Indústria do Brasil (Marcos Jorge de Lima) e para o CEO da Whirlpool para ver se podemos interferir via Estados Unidos e explicar que não é este o modo para investir positivamente na Europa", comentou Tajani. O presidente do Parlamento Europeu recebeu a visita de uma delegação de trabalhadores da Embraco, junto com o governador da região de Piemonte, Sergio Chiamparino, que protestam contra a decisão da empresa brasileira subsidiária da Whirlpool de fechar uma fábrica nos arredores de Turim e demitir quase 500 funcionários.   

"Interviremos também via embaixada dos Estados Unidos para solicitar explicações diretamente a Washington sobre esse problema", completou Tajani, já que a Whirlpool é norte-americana.   

"Não é um problema somente italiano, é europeu, porque corremos um risco perigoso de abrir um precedente, em vez de favorecer o crescimento harmômico de uma indispensável rede europeia", criticou. De acordo com informações obtidas pela ANSA, o ministro do Desenvolvimento Econômico da Itália, Carlo Calenda, também contatou nos últimos dias o CEO da Whirlpool, Marc Bitzer, e aguarda novas propostas da empresa para resolver o caso da Embraco.   

A Embraco é uma fabricante brasileira de compressores para refrigeradores pertencente à multinacional norte-americana Whirlpool. Há 10 anos, sua fábrica em Riva presso Chieri, na província de Turim, empregava mais de mil funcionários, número que hoje é de 530. A empresa pretende transferir a unidade para a Eslováquia e demitir 497 empregados, mantendo apenas uma filial comercial na Itália. A decisão da Embraco gerou uma onda de críticas sobretudo porque, em 2014, a companhia recebera financiamentos públicos para continuar operando no país. (ANSA)
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