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Chefe do Comitê Olímpico dos EUA renuncia após casos de abuso

01/03/2018 10h29

ROMA, 01 MAR (ANSA) - O chefe do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês), Scott Blackmun, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (28) por razões de saúde.   


De acordo com um comunicado divulgado pela organização, o dirigente de 60 anos revelou ter câncer na próstata e se afastará para realizar todo o tratamento da doença. Blackmun ocupou o cargo por oito anos, e será substituído interinamente por Susanne Lyon, membro do conselho da USOC.   


A renúncia de Blackmun acontece meses depois dele ter sido muito criticado pela maneira que conduziu o escândalo de abusos sexuais do ex-médico da seleção norte-americana de ginástica, Lary Nassar.   


As críticas ganharam força após uma reportagem do jornal "Wall Street Journal", na qual apontava que a USOC não teria feito nada para intervir nas acusações de abusos sexuais de Nassar, em 2015. Após isso, diversos senadores norte-americanos pediram a renúncia de Blackmun.   


"Devido a situação de saúde dele, nós mutuamente entendemos que era melhor que deixasse o cargo para que fosse nomeada outra pessoa em seu lugar", disse Larry Probst, presidente da USOC.   


Para o advogado que representa as atletas assediadas por Nassar, John Manly, a renúncia do dirigente foi forçada pelos membros da entidade.   


Após o escândalo envolvendo Nassar, que segundo as autoridades abusou sexualmente de mais de 260 mulheres, essa é a quarta renúncia. Além de Blackmun, toda a diretoria da ginástica dos Estados Unidos, o presidente e o diretor da Universidade de Michigan, onde Nassar trabalhava, também renunciaram. Entre as 260 mulheres que Nassar teria abusado, quase 200 delas testemunharam contra ele na audiência de setença, realizada no começo deste ano. Nassar foi condenado até 125 anos de prisão.   


(ANSA)
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