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Em 'Dia da Memória', Itália lê nome de 970 vítimas da máfia

21/03/2018 15h49

ROMA, 21 MAR (ANSA) - A Itália parou hoje para celebrar o "23º Dia da Memória e do Compromisso", em homenagem às vítimas do crime organizado e da máfia. Um dos momentos mais emocionantes foi e leitura do nome de 970 mortos pela violência. O evento acontece anualmente, sempre no primeiro dia da primavera europeia e, para este ano, o lema era "Marcas de verdade e justiça".   

Os principais eventos aconteceram em Foggia - cidade que contou com a presença de 40 mil pessoas em memória às vítimas. Entre os presentes, estavam o presidente do Senado, Pietro Grasso; o presidente do Partido Democrático, Maurizio Martina; e o vice-presidente do Conselho Regional, Gandiego Gatta.   

Além disso, milhares de estudantes participaram de um cortejo, carregando bandeiras de paz e uma faixa que dizia "Livres Todos, Direitos e Conhecimento contra a Máfia e às Desigualdades".   

No entanto, outros municípios como Roma, Pompeia, Scafati e Parma reuniram um público total de 1 milhão de pessoas, dentre estudantes, párocos, membros de associações e trabalhadores. Na capital, aproximadamente 3 mil estudantes universitários participaram de uma manifestação. Em Parma, as homenagens também tomaram grandes proporções reunindo cerca de 10 mil pessoas.   

Também foram feitos atos organizados em Paris, Marselha, Bruxelas, Genebra, Tenerife, Zurique e Copenhague. Na América do Sul, Salvador e Buenos Aires participaram. O presidente italiano, Sergio Mattarella, por meio de uma nota, também prestou suas homenagens. "No Dia Da Memória e do Compromisso em homenagem às vítimas inocentes da máfia, eu desejo reafirmar a minha aproximação a tantas pessoas, com paixões e profundo senso de solidariedade que estão reunidas em Foggia e em tantas outras cidades para testemunhar como a Itália é com quem busca a verdade e a justiça com quem luta contra a violência e a intimidação, com quem deseja construir uma vida social livre do jugo criminal", disse.   

"Os nomes - todos os nomes - de pessoas que foram assassinadas pela máfia tocarão a consciência de todos. Fazer memória é uma obra indispensável da comunidade, exprime respeito às vítimas que partiram pelas mãos dos assassinos ou suas estratégias de domínio", acrescentou. (ANSA)
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