Berlusconi rompe coalizão vencedora na Itália
ROMA, 23 MAR (ANSA) - O partido Força Itália (FI), presidido por Silvio Berlusconi, anunciou nesta sexta-feira (23) o rompimento da coalizão conservadora com o partido ultranacionalista Liga Norte, vencedora das eleições de 4 de março, com 37% dos votos.
O ex-primeiro-ministro se irritou com a decisão unilateral da Liga de apoiar Anna Maria Bernini, que pertence ao FI, para a presidência do Senado, enquanto o partido moderado defendia a candidatura de Paolo Romani.
"Os votos no Senado a Anna Maria Bernini, utilizada instrumentalmente, são um ato de hostilidade da Liga que, por um lado, rompe a união da coalizão de centro-direita, e, por outro, desmascara o projeto para um governo com o M5S", diz uma nota do Força Itália.
Poucos minutos antes, o secretário federal da Liga, Matteo Salvini, havia anunciado o apoio da legenda a Bernini, já que o antissistema Movimento 5 Estrelas se recusava a votar em Romani no Senado por ele ser "ficha suja" - o aliado de Berlusconi já foi condenado por peculato.
A opção por Bernini seria uma forma de romper a resistência do M5S, após o acordo costurado nos últimos dias para a sigla antissistema ficar com a presidência da Câmara e a coalizão de direita obter o comando do Senado.
"Para sair do pântano, a Liga fez um gesto de responsabilidade.
Não pedimos nada para nós, mas escolhemos votar em um candidato de centro-direita, do Força Itália. Um ato de amor em relação ao Parlamento e à centro-direita", afirmou Salvini.
Em duas votações já realizadas, os parlamentares ainda não conseguiram eleger os presidentes da Câmara e do Senado, mas as negociações continuam para solucionar o impasse. Em breve pronunciamento à imprensa, o líder da Liga entre os deputados, Giancarlo Giorgetti, afirmou que Berlusconi está "exagerando".
"Fizemos um favor a ele", disse.
Para haver um vencedor no terceiro escrutínio, são necessários maioria absoluta no Senado (161 votos) e dois terços dos parlamentares presentes na sessão na Câmara. No Senado, se ninguém atingir o patamar mínimo, haverá uma quarta votação entre os dois candidatos mais bem posicionados.
Já na Câmara, será preciso obter maioria absoluta (316) a partir do quarto escrutínio. Se a Liga chegar a um acordo com o M5S, os dois partidos não precisarão dos votos do Força Itália para eleger seus candidatos, o que pode abrir caminho para formar um novo governo. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O ex-primeiro-ministro se irritou com a decisão unilateral da Liga de apoiar Anna Maria Bernini, que pertence ao FI, para a presidência do Senado, enquanto o partido moderado defendia a candidatura de Paolo Romani.
"Os votos no Senado a Anna Maria Bernini, utilizada instrumentalmente, são um ato de hostilidade da Liga que, por um lado, rompe a união da coalizão de centro-direita, e, por outro, desmascara o projeto para um governo com o M5S", diz uma nota do Força Itália.
Poucos minutos antes, o secretário federal da Liga, Matteo Salvini, havia anunciado o apoio da legenda a Bernini, já que o antissistema Movimento 5 Estrelas se recusava a votar em Romani no Senado por ele ser "ficha suja" - o aliado de Berlusconi já foi condenado por peculato.
A opção por Bernini seria uma forma de romper a resistência do M5S, após o acordo costurado nos últimos dias para a sigla antissistema ficar com a presidência da Câmara e a coalizão de direita obter o comando do Senado.
"Para sair do pântano, a Liga fez um gesto de responsabilidade.
Não pedimos nada para nós, mas escolhemos votar em um candidato de centro-direita, do Força Itália. Um ato de amor em relação ao Parlamento e à centro-direita", afirmou Salvini.
Em duas votações já realizadas, os parlamentares ainda não conseguiram eleger os presidentes da Câmara e do Senado, mas as negociações continuam para solucionar o impasse. Em breve pronunciamento à imprensa, o líder da Liga entre os deputados, Giancarlo Giorgetti, afirmou que Berlusconi está "exagerando".
"Fizemos um favor a ele", disse.
Para haver um vencedor no terceiro escrutínio, são necessários maioria absoluta no Senado (161 votos) e dois terços dos parlamentares presentes na sessão na Câmara. No Senado, se ninguém atingir o patamar mínimo, haverá uma quarta votação entre os dois candidatos mais bem posicionados.
Já na Câmara, será preciso obter maioria absoluta (316) a partir do quarto escrutínio. Se a Liga chegar a um acordo com o M5S, os dois partidos não precisarão dos votos do Força Itália para eleger seus candidatos, o que pode abrir caminho para formar um novo governo. (ANSA)
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