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OTAN expulsa 7 diplomatas russos por caso de ex-espião

27/03/2018 11h38

BRUXELAS, 27 MAR (ANSA) - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jeans Stoltenberg, anunciou nesta terça-feira (27) que vai expulsar sete diplomatas russos da missão do país na aliança militar.   

Com a decisão, o grupo que reúne 29 países se alinha as várias nações que adotaram o mesmo caminho que o Reino Unido em meio às investigações sobre o envenenamento do ex-espião russo Serghei Skripal e sua filha Yulia, em Salisbury.   

"Retirei hoje a credencial de sete pessoas da missão russa ante a Otan. Também vou negar os pedidos pendentes de outros três", informou Stoltenberg.   

O tamanho máximo do grupo passa a ser de 20 pessoas, e não mais de 30. "As consultas nas capitais e na Otan, depois do que aconteceu em Salisbury, levaram à expulsão de 140 autoridades russas em mais de 25 aliados e parceiros da Otan. Esta é uma ampla resposta internacional e coordenada", acrescentou.   

A medida é mais uma resposta ao ataque a Skripal. Ontem (26), os Estados Unidos, o Canadá e vários países europeus expulsaram mais de uma centena de funcionários e diplomatas russos de seus territórios já que para as autoridades britânicas, Moscou foi o responsável pelo envenenamento do ex-espião.   

Nesta manhã, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que a expulsão em massa se deve à "pressão e à chantagem colossal" por parte do governo do presidente Donald Trump. "Sabemos, com toda certeza, que é o resultado de uma pressão colossal, uma chantagem colossal, que agora infelizmente é o principal instrumento de Washington na cena internacional", afirmou Lavrov no Uzbequistão, A Rússia ainda prometeu responder de maneira "recíproca" às expulsões em represália pelo envenenamento do ex-espião. (ANSA)
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