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Kim Dotcom pode ser extraditado nos EUA

05/07/2018 09h18

SÃO PAULO, 05 JUL (ANSA) - O fundador do site Megaupload, o alemão Kim Dotcom, e três dos seus sócios perderam o último recurso na Justiça da Nova Zelândia para evitar a extradição aos Estados Unidos. A Corte de Apelações da Nova Zelândia confirmou nesta quinta-feira (5) que os empresários da internet podem ser entregues às autoridades americanas.   

A decisão chega mais de seis anos depois que a polícia norte-americana, sob informações do FBI, bateu à porta da mansão de Dotcom pela primeira vez em Auckland. O magnata é acusado de pirataria online em escala industrial, graças ao compartilhamento de arquivos no Megaupload, que foi fechado, em 2012.   

O advogado de Dotcom, Ira Rothken, declarou através do Twitter estar muito decepcionado com o julgamento, e disse que vai buscar revisão do caso na Suprema Corte da Nova Zelândia.   

Dotcom sempre se defendeu dizendo não ser responsável por como terceiros utilizaram o seu site. Caso seja enviado para os EUA, enfrentará também acusações de crime organizado, fraude e lavagem de dinheiro, podendo ser condenado a uma pena de até 20 anos.   

O empresário alemão afirmou, em 2015, através do Twitter, que nunca viveu nos Estados Unidos, e nem sequer já visitou o país.   

Segundo o texto de acusação, o Megaupload faturou ao menos U$ 175 milhões através do carregamento e depósito ilegal de canções, filmes e programas televisivos, além de ter custado cerca de U$ 500 milhões aos detentores de direitos autorais, ao oferecer conteúdo pirateado.   

Dotcom fundou o Megaupload em 2005. Então, morou em um hotel em Hong Kong até que em 2010 obteve residência permanente na Nova Zelândia, onde foi preso em 2012 e ficou um mês encarcerado antes de pagar a fiança. Desde então, Dotcom publicou um álbum musical, abriu uma outra sociedade de compartilhamento de arquivos, Mega, fundou um partido político, mas que não teve sucesso nas eleições de 2014.   

Além de Dotcom, os EUA querem a extradição de seus sócios, Mathias Ortmann, Bram van der Kolk e Finn Batato.   

(ANSA)
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