ONU recomenda que Lula dispute eleição à Presidência
SÃO PAULO E BRASÍLIA, 17 AGO (ANSA) - O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um comunicado nesta sexta-feira(17) que "pede ao Brasil que tome todas as medidas necessárias para garantir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desfrute e exerça seus direitos políticos como candidato nas eleições presidenciais de 2018". O texto emitido em Genebra é apenas uma recomendação e não uma obrigação ao país. Ele ainda solicita que Lula tenha direito ao "acesso apropriado à imprensa e membros de seu partido político".
No documento da ONU, o Comitê de Direitos Humanos também pediu para o "Brasil não impedir Lula de ser eleito nas eleições presidenciais de 2018, até que seus recursos nos tribunais fossem concluídos em processos judiciais justos".
"Este pedido não significa que o Comitê tenha encontrado ainda uma violação - trata-se de uma medida urgente para preservar o direito de Lula, enquanto se aguarda a consideração do caso", explica a nota.
A advogada de defesa do ex-presidente, Valeska Teixeira Zanin Martins, por sua vez, afirmou que a ONU reconhece a violação do artigo 25 do Pacto de Direitos Civis e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na campanha. "O Estado brasileiro tem que obedecer a essa liminar da ONU, tem que deixar claro que isto não foi uma recomendação, e o presidente Lula tem que ter seus direitos políticos respeitados por completo", declarou a magistrada à ANSA.
Segundo Zanin Martins, a resolução do Comitê da ONU "já foi comunicada ao Estado brasileiro". "Em termos práticos isto quer dizer que Lula pode dar entrevistas e pode participar dos debates com os outros candidatos. Nós defendemos que hoje à noite mesmo Lula possa participar do debate da Rede TV por videoconferência de Curitiba".
Desde 2016, a defesa de Lula aciona a ONU para denunciar os desdobramentos das decisões contra o ex-presidente. Na ocasião, os advogados recorreram à entidade para acusar o juiz Sergio Moro de violar os direitos do petista.
Lula está detido desde abril na sede da Polícia Federal, em Curitiba, mas, nesta semana, o Partido Trabalhista (PT) registrou sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No entanto, o registro pode ser impugnado pela Lei da Ficha Limpa, uma vez que o petista foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá (SP) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Até o momento, foram apresentados sete pedidos para que o candidato do PT seja barrado e não disputa as eleições de 7 de outubro. Ontem(16), a presidente do TSE, Rosa Weber, decidiu que o ministro Luís Barroso será o relator do pedido de registro da candidatura de Lula. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
No documento da ONU, o Comitê de Direitos Humanos também pediu para o "Brasil não impedir Lula de ser eleito nas eleições presidenciais de 2018, até que seus recursos nos tribunais fossem concluídos em processos judiciais justos".
"Este pedido não significa que o Comitê tenha encontrado ainda uma violação - trata-se de uma medida urgente para preservar o direito de Lula, enquanto se aguarda a consideração do caso", explica a nota.
A advogada de defesa do ex-presidente, Valeska Teixeira Zanin Martins, por sua vez, afirmou que a ONU reconhece a violação do artigo 25 do Pacto de Direitos Civis e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na campanha. "O Estado brasileiro tem que obedecer a essa liminar da ONU, tem que deixar claro que isto não foi uma recomendação, e o presidente Lula tem que ter seus direitos políticos respeitados por completo", declarou a magistrada à ANSA.
Segundo Zanin Martins, a resolução do Comitê da ONU "já foi comunicada ao Estado brasileiro". "Em termos práticos isto quer dizer que Lula pode dar entrevistas e pode participar dos debates com os outros candidatos. Nós defendemos que hoje à noite mesmo Lula possa participar do debate da Rede TV por videoconferência de Curitiba".
Desde 2016, a defesa de Lula aciona a ONU para denunciar os desdobramentos das decisões contra o ex-presidente. Na ocasião, os advogados recorreram à entidade para acusar o juiz Sergio Moro de violar os direitos do petista.
Lula está detido desde abril na sede da Polícia Federal, em Curitiba, mas, nesta semana, o Partido Trabalhista (PT) registrou sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No entanto, o registro pode ser impugnado pela Lei da Ficha Limpa, uma vez que o petista foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá (SP) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Até o momento, foram apresentados sete pedidos para que o candidato do PT seja barrado e não disputa as eleições de 7 de outubro. Ontem(16), a presidente do TSE, Rosa Weber, decidiu que o ministro Luís Barroso será o relator do pedido de registro da candidatura de Lula. (ANSA)
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