Vítima de pedofilia na Irlanda questiona carta do Papa
ROMA, 24 AGO (ANSA) - Na véspera da chegada do papa Francisco à Irlanda, uma vítima de pedofilia por parte de padres criticou a lentidão da resposta da Igreja Católica a casos de abuso sexual e ironizou a "carta ao povo de Deus" escrita recentemente pelo Pontífice.
Marie Collins, ex-membro da comissão antipedofilia criada pelo Papa, participou nesta sexta-feira (24), em Dublin, do Encontro Mundial das Famílias, evento organizado pela própria Igreja e que terá a presença de Francisco neste fim de semana.
"Os sobreviventes e as vítimas de abusos não precisam de uma carta do Papa para saber que essa é uma realidade. Falamos isso durante décadas", declarou Collins, em referência ao texto no qual Jorge Bergoglio reconhece a dimensão do escândalo de pedofilia na Igreja, pede mais uma vez desculpas às vítimas e insta a comunidade católica a se unir para mudar essa realidade.
Em 2014, Collins foi nomeada para a comissão criada por Francisco para enfrentar a pedofilia por parte do clero, mas, em março de 2017, abandonou o comitê, alegando "frustração" com a "falta de cooperação de outros departamentos da Cúria".
"Infelizmente, na Igreja, entre clero e laicos, ainda há pessoas que preferem acreditar que tudo isso seja uma conspiração midiática para tentar destruir a Igreja", afirmou a irlandesa, acrescentando que sua esperança é que esses indivíduos ao menos acreditem nas palavras do Papa.
Francisco chega à Irlanda em meio a escândalos de pedofilia nos Estados Unidos, na Austrália e no Chile e se reunirá com vítimas de abusos durante o fim de semana. A viagem também acontece após a queda de tabus históricos do catolicismo no país europeu, como a aprovação em referendo do casamento gay e do aborto. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Marie Collins, ex-membro da comissão antipedofilia criada pelo Papa, participou nesta sexta-feira (24), em Dublin, do Encontro Mundial das Famílias, evento organizado pela própria Igreja e que terá a presença de Francisco neste fim de semana.
"Os sobreviventes e as vítimas de abusos não precisam de uma carta do Papa para saber que essa é uma realidade. Falamos isso durante décadas", declarou Collins, em referência ao texto no qual Jorge Bergoglio reconhece a dimensão do escândalo de pedofilia na Igreja, pede mais uma vez desculpas às vítimas e insta a comunidade católica a se unir para mudar essa realidade.
Em 2014, Collins foi nomeada para a comissão criada por Francisco para enfrentar a pedofilia por parte do clero, mas, em março de 2017, abandonou o comitê, alegando "frustração" com a "falta de cooperação de outros departamentos da Cúria".
"Infelizmente, na Igreja, entre clero e laicos, ainda há pessoas que preferem acreditar que tudo isso seja uma conspiração midiática para tentar destruir a Igreja", afirmou a irlandesa, acrescentando que sua esperança é que esses indivíduos ao menos acreditem nas palavras do Papa.
Francisco chega à Irlanda em meio a escândalos de pedofilia nos Estados Unidos, na Austrália e no Chile e se reunirá com vítimas de abusos durante o fim de semana. A viagem também acontece após a queda de tabus históricos do catolicismo no país europeu, como a aprovação em referendo do casamento gay e do aborto. (ANSA)
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