Berço da Máfia elege prefeito após 2 anos sem governo
PALERMO, 25 NOV (ANSA) - A pequena cidade de Corleone, berço do clã mais sanguinário da Cosa Nostra, foi às urnas neste domingo (25) para eleger seu novo prefeito, após mais de dois anos sem governo por causa de infiltrações da máfia no poder público.
A prefeitura de Corleone, 11 mil habitantes, foi dissolvida em agosto de 2016, por ordem do Ministério do Interior da Itália, após a descoberta do direcionamento de licitações para beneficiar grupos mafiosos.
Os candidatos são Nicolò Nicolosi, prefeito entre 2002 e 2007, Salvatore Antonio Saporito e Maurizio Pascucci. Este último, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), entrou em polêmica na semana passada ao posar para uma foto com o marido de uma neta de Bernardo Provenzano (1933-2016), ex-líder da Cosa Nostra.
A imagem fez o ministro do Trabalho e Desenvolvimento Econômico e vice-premier da Itália, Luigi Di Maio, líder do M5S, cancelar um comício que faria em Corleone. "O Estado deve estar atento a não se aproximar nunca, sequer com a própria imagem, daquela gente. Na questão da máfia não podemos conceder o pecado da ingenuidade", justificou.
O candidato a prefeito alegou que os parentes dos mafiosos não têm responsabilidade pelos crimes dos familiares e, se assim quiserem, devem ter a "oportunidade de se libertar de uma marca infamante".
Situada na região da Sicília, a cidade é a terra natal de Salvatore "Totò" Riina (1930-2017), o mais sanguinário dos líderes da Cosa Nostra e chefe do clã dos Corleone entre 1982 e 1993, quando foi preso.
Riina instaurou uma era de terror na Sicília e comandou a luta armada contra o Estado no início dos anos 1990, período marcado por recorrentes atentados nas principais cidades do país, como aqueles que mataram os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992.
Após sua prisão, a liderança da Cosa Nostra fora das grades passou para Provenzano, que iniciou a "pacificação" entre as facções da máfia e tentou tirar o crime organizado dos holofotes ligados por Riina. Os dois mafiosos estão sepultados em Corleone. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A prefeitura de Corleone, 11 mil habitantes, foi dissolvida em agosto de 2016, por ordem do Ministério do Interior da Itália, após a descoberta do direcionamento de licitações para beneficiar grupos mafiosos.
Os candidatos são Nicolò Nicolosi, prefeito entre 2002 e 2007, Salvatore Antonio Saporito e Maurizio Pascucci. Este último, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), entrou em polêmica na semana passada ao posar para uma foto com o marido de uma neta de Bernardo Provenzano (1933-2016), ex-líder da Cosa Nostra.
A imagem fez o ministro do Trabalho e Desenvolvimento Econômico e vice-premier da Itália, Luigi Di Maio, líder do M5S, cancelar um comício que faria em Corleone. "O Estado deve estar atento a não se aproximar nunca, sequer com a própria imagem, daquela gente. Na questão da máfia não podemos conceder o pecado da ingenuidade", justificou.
O candidato a prefeito alegou que os parentes dos mafiosos não têm responsabilidade pelos crimes dos familiares e, se assim quiserem, devem ter a "oportunidade de se libertar de uma marca infamante".
Situada na região da Sicília, a cidade é a terra natal de Salvatore "Totò" Riina (1930-2017), o mais sanguinário dos líderes da Cosa Nostra e chefe do clã dos Corleone entre 1982 e 1993, quando foi preso.
Riina instaurou uma era de terror na Sicília e comandou a luta armada contra o Estado no início dos anos 1990, período marcado por recorrentes atentados nas principais cidades do país, como aqueles que mataram os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992.
Após sua prisão, a liderança da Cosa Nostra fora das grades passou para Provenzano, que iniciou a "pacificação" entre as facções da máfia e tentou tirar o crime organizado dos holofotes ligados por Riina. Os dois mafiosos estão sepultados em Corleone. (ANSA)
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