Contestado, novo presidente da RDC toma posse
ROMA, 24 JAN (ANSA) - Contestado por seus adversários, o novo presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, tomou posse nesta quinta-feira (24), em uma cerimônia na capital Kinshasa.
Ele substitui Joseph Kabila, que deixa o poder depois de 18 anos. "Juro solenemente perante Deus e a nação defender a Constituição e as leis da República", declarou Tshisekedi, prometendo também manter a integridade territorial do país, o segundo maior da África.
Kabila entregou nas mãos do sucessor a bandeira nacional, em um gesto para tentar marcar a ocasião como a primeira passagem democrática de poder na RDC, que tem um longo histórico de conflitos interétnicos.
"Não estamos aqui para celebrar a vitória de uma parte contra a outra, mas queremos honrar um Congo reconciliado", disse Tshisekedi. O novo presidente prometeu se empenhar para acabar com "as divisões, o ódio e o tribalismo" e anunciou o desejo de libertar "prisioneiros políticos".
A posse era para ter acontecido no início da semana, mas foi adiada devido a uma manifestação de apoiadores de Martin Fayulu, segundo colocado nas eleições de 30 de dezembro, com 34,8% dos votos. De acordo com o candidato derrotado, Tshisekedi (38,6%), até então de oposição, fez um acordo com Kabila para chegar ao poder.
A apuração só foi concluída 10 dias depois do pleito e é questionada pela Igreja Católica e pela União Africana. As dúvidas sobre a legalidade das eleições arriscam reabrir a espiral de violência na RDC.
Tshisekedi é filho de um notório líder de oposição no Congo, Étienne Tshisekedi (1932-2017), mas não tem experiência na política e era relativamente pouco conhecido, tendo vivido por muitos anos na ex-metrópole Bélgica.
As eleições ocorreram de forma pacífica, porém com muitos registros de problemas técnicos. Além disso, 1 milhão dos 40 milhões de eleitores foram proibidos de última hora de participar, em função de uma epidemia de ebola. O governo chegou a cortar a internet no dia seguinte à votação, para "evitar especulações nas redes sociais".
A República Democrática do Congo é um país rico em minérios usados na fabricação de eletrônicos, e muitas minas são controladas por milícias étnicas. Independente da Bélgica desde 1960, a RDC era governada desde 2001 por Kabila, por sua vez filho de Laurent-Désiré Kabila, que exercia o cargo desde 1997 e foi assassinado em circunstâncias até hoje misteriosas.
Seu antecessor, o ditador Mobutu Sese Seko, chefiara o país desde 1965. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Ele substitui Joseph Kabila, que deixa o poder depois de 18 anos. "Juro solenemente perante Deus e a nação defender a Constituição e as leis da República", declarou Tshisekedi, prometendo também manter a integridade territorial do país, o segundo maior da África.
Kabila entregou nas mãos do sucessor a bandeira nacional, em um gesto para tentar marcar a ocasião como a primeira passagem democrática de poder na RDC, que tem um longo histórico de conflitos interétnicos.
"Não estamos aqui para celebrar a vitória de uma parte contra a outra, mas queremos honrar um Congo reconciliado", disse Tshisekedi. O novo presidente prometeu se empenhar para acabar com "as divisões, o ódio e o tribalismo" e anunciou o desejo de libertar "prisioneiros políticos".
A posse era para ter acontecido no início da semana, mas foi adiada devido a uma manifestação de apoiadores de Martin Fayulu, segundo colocado nas eleições de 30 de dezembro, com 34,8% dos votos. De acordo com o candidato derrotado, Tshisekedi (38,6%), até então de oposição, fez um acordo com Kabila para chegar ao poder.
A apuração só foi concluída 10 dias depois do pleito e é questionada pela Igreja Católica e pela União Africana. As dúvidas sobre a legalidade das eleições arriscam reabrir a espiral de violência na RDC.
Tshisekedi é filho de um notório líder de oposição no Congo, Étienne Tshisekedi (1932-2017), mas não tem experiência na política e era relativamente pouco conhecido, tendo vivido por muitos anos na ex-metrópole Bélgica.
As eleições ocorreram de forma pacífica, porém com muitos registros de problemas técnicos. Além disso, 1 milhão dos 40 milhões de eleitores foram proibidos de última hora de participar, em função de uma epidemia de ebola. O governo chegou a cortar a internet no dia seguinte à votação, para "evitar especulações nas redes sociais".
A República Democrática do Congo é um país rico em minérios usados na fabricação de eletrônicos, e muitas minas são controladas por milícias étnicas. Independente da Bélgica desde 1960, a RDC era governada desde 2001 por Kabila, por sua vez filho de Laurent-Désiré Kabila, que exercia o cargo desde 1997 e foi assassinado em circunstâncias até hoje misteriosas.
Seu antecessor, o ditador Mobutu Sese Seko, chefiara o país desde 1965. (ANSA)
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