'Itália merece líderes à sua altura', diz Macron
ROMA, 28 JAN (ANSA) - Em mais um episódio da batalha retórica entre França e Itália, o presidente Emmanuel Macron afirmou neste domingo (27) que o país vizinho merece "líderes à altura de sua história".
A declaração, dada durante um encontro com a imprensa no Cairo, capital do Egito, faz referência aos vice-primeiros-ministros italianos, Matteo Salvini e Luigi Di Maio, que elegeram o chefe de Estado francês como seu principal alvo na campanha para as eleições europeias de maio.
"Não responderei [às críticas], é isso o que eles querem. Tudo isso é irrelevante. O povo italiano é nosso amigo e merece líderes à altura de sua história", disse.
Paris e Roma estão em pé de guerra desde a posse do atual governo italiano, em 1º de junho, e já se envolveram em diversas polêmicas sobre a crise migratória, sobre disputas comerciais e sobre supostos terroristas escondidos em solo francês.
"Antes de dar lições de moral à Itália, Macron deveria libertar do neocolonialismo francês os Estados africanos, porque se aqueles Estados ficam mais pobres, as pessoas fogem", disse Di Maio, que culpa a França pela crise migratória no Mediterrâneo Central.
Segundo dados do próprio governo, dos 10 países que mais mandaram migrantes forçados à Itália em 2018, apenas dois usam o franco CFA (Costa do Marfim e Mali), moeda impressa pelo Banco Central francês e classificada como instrumento de exploração por Di Maio.
"Macron deve pensar em restituir os terroristas e assassinos que acolhe há tanto tempo", reforçou Salvini. Paris, por sua vez, alega que não recebeu nenhum pedido de extradição por parte de Roma.
A disputa acontece a quatro meses das eleições para renovar o Parlamento Europeu, quando Macron dependerá de um bom resultado de seu partido para se reforçar internamente e em Bruxelas e levar adiante seu projeto de reforma da UE.
Salvini, por sua vez, tenta liderar uma coalizão de forças nacionalistas e eurocéticas dentro da União Europeia e é aliado de Marine Le Pen, principal rival do presidente da França.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A declaração, dada durante um encontro com a imprensa no Cairo, capital do Egito, faz referência aos vice-primeiros-ministros italianos, Matteo Salvini e Luigi Di Maio, que elegeram o chefe de Estado francês como seu principal alvo na campanha para as eleições europeias de maio.
"Não responderei [às críticas], é isso o que eles querem. Tudo isso é irrelevante. O povo italiano é nosso amigo e merece líderes à altura de sua história", disse.
Paris e Roma estão em pé de guerra desde a posse do atual governo italiano, em 1º de junho, e já se envolveram em diversas polêmicas sobre a crise migratória, sobre disputas comerciais e sobre supostos terroristas escondidos em solo francês.
"Antes de dar lições de moral à Itália, Macron deveria libertar do neocolonialismo francês os Estados africanos, porque se aqueles Estados ficam mais pobres, as pessoas fogem", disse Di Maio, que culpa a França pela crise migratória no Mediterrâneo Central.
Segundo dados do próprio governo, dos 10 países que mais mandaram migrantes forçados à Itália em 2018, apenas dois usam o franco CFA (Costa do Marfim e Mali), moeda impressa pelo Banco Central francês e classificada como instrumento de exploração por Di Maio.
"Macron deve pensar em restituir os terroristas e assassinos que acolhe há tanto tempo", reforçou Salvini. Paris, por sua vez, alega que não recebeu nenhum pedido de extradição por parte de Roma.
A disputa acontece a quatro meses das eleições para renovar o Parlamento Europeu, quando Macron dependerá de um bom resultado de seu partido para se reforçar internamente e em Bruxelas e levar adiante seu projeto de reforma da UE.
Salvini, por sua vez, tenta liderar uma coalizão de forças nacionalistas e eurocéticas dentro da União Europeia e é aliado de Marine Le Pen, principal rival do presidente da França.
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