Salvini autoriza desembarque temporário de 47 migrantes
ROMA, 29 JAN (ANSA) - O ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, anunciou nesta terça-feira (29) que autoriza o desembarque dos 47 migrantes resgatados pela ONG Sea Watch, se depois todos seguirem para a Alemanha ou Holanda.
"Desembarque dos imigrantes? Só se seguirem a rota para a Holanda, que concedeu a bandeira ao Sea Watch, ou para a Alemanha, país da ONG", disse o líder do partido ultracionalista Liga no Twitter. "Na Itália já acolhemos e gastamos demais", ressaltou.
Ontem (28), o governo holandês rejeitou oficialmente um pedido feito pela Itália para receber os migrantes resgatados pelo navio da ONG, que navega com a bandeira holandesa. No entanto, o também vice-premier do país, Luigi Di Maio, defendeu o envio dos deslocados para a Holanda e disse estar pronto para enfrentar um "incidente diplomático" com a nação. Segundo o ministro da Infraestrutura, Danilo Toninelli, no navio "não há uma bandeira italiana, mas holandesa". "A Itália é o país que mais salvou vidas nestes anos, mas a era do [Matteo] Renzi e do [Paolo] Gentiloni acabou. É óbvio que abriríamos o nosso porto como se fosse um corredor humanitário para desembarcá-los, mas, logo em seguida, os mandem para a Holanda".
O resgate realizado pela Sea Watch no último dia 19 de janeiro tem gerado polêmica no país, principalmente porque diversos políticos, autoridades italianas e até mesmo a Igreja Católica têm pedido para o governo de Salvini acolher os migrantes.
Inclusive, entre domingo(27 e segunda-feira (28), parlamentares da esquerda visitaram a embarcação ancorada em Siracusa, frente à costa siciliana, para avaliar as condições de saúde dos estrangeiros. Além disso, o presidente do Partido Democrático (PD), Matteo Orfini, apresentou uma denúncia ao Ministério Público de Siracusa contra o governo nacional. "Acreditamos que foi cometido violações da lei como no cado de Diciotti. Os migrantes são detidos ilegalmente no Sea Watch, mas em nossa opinião há outros pontos de arbitrariedade e ilegitimidade", explicou Orfini. O governo italiano, por sua vez, entrou com uma ação no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos porque acredita que a jurisdição pertence à Holanda, já que foi um navio com a bandeira do país que realizou o resgate em águas internacionais. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Desembarque dos imigrantes? Só se seguirem a rota para a Holanda, que concedeu a bandeira ao Sea Watch, ou para a Alemanha, país da ONG", disse o líder do partido ultracionalista Liga no Twitter. "Na Itália já acolhemos e gastamos demais", ressaltou.
Ontem (28), o governo holandês rejeitou oficialmente um pedido feito pela Itália para receber os migrantes resgatados pelo navio da ONG, que navega com a bandeira holandesa. No entanto, o também vice-premier do país, Luigi Di Maio, defendeu o envio dos deslocados para a Holanda e disse estar pronto para enfrentar um "incidente diplomático" com a nação. Segundo o ministro da Infraestrutura, Danilo Toninelli, no navio "não há uma bandeira italiana, mas holandesa". "A Itália é o país que mais salvou vidas nestes anos, mas a era do [Matteo] Renzi e do [Paolo] Gentiloni acabou. É óbvio que abriríamos o nosso porto como se fosse um corredor humanitário para desembarcá-los, mas, logo em seguida, os mandem para a Holanda".
O resgate realizado pela Sea Watch no último dia 19 de janeiro tem gerado polêmica no país, principalmente porque diversos políticos, autoridades italianas e até mesmo a Igreja Católica têm pedido para o governo de Salvini acolher os migrantes.
Inclusive, entre domingo(27 e segunda-feira (28), parlamentares da esquerda visitaram a embarcação ancorada em Siracusa, frente à costa siciliana, para avaliar as condições de saúde dos estrangeiros. Além disso, o presidente do Partido Democrático (PD), Matteo Orfini, apresentou uma denúncia ao Ministério Público de Siracusa contra o governo nacional. "Acreditamos que foi cometido violações da lei como no cado de Diciotti. Os migrantes são detidos ilegalmente no Sea Watch, mas em nossa opinião há outros pontos de arbitrariedade e ilegitimidade", explicou Orfini. O governo italiano, por sua vez, entrou com uma ação no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos porque acredita que a jurisdição pertence à Holanda, já que foi um navio com a bandeira do país que realizou o resgate em águas internacionais. (ANSA)
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